terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eu desacredito



Infelizmente, na atual situação do Brasil não será mudando de presidente que se acabará com a corrupção, já que a justiça é lenta, relapsa e permissiva. E enquanto Câmara e Senado tiverem nomes como Paulinho da Força, Fernando Collor, Renan Calheiros, entre outros. Não é o partido A, B ou C que é corrupto, são pessoas sem ideologias políticas que só querem o bônus do poder, que se associam a legendas incompatíveis para garantir palanque ou maior tempo de TV, além da troca de favores.
Neste país não existe política, o negócio aqui é politicalha – politicagem praticada por canalhas. E essa proliferação de partidos com interesses mercantis só resulta numa prostituição pseudoideológica que prejudica, exclusivamente, o povo brasileiro. Prova disso é o PSDB que se diz ilibado, mas se esquece do cartel do metrô ou do aeroporto nas terras do tio do Aécio. Falam tão mal do PT, mas na Era FHC, portanto, governo tucano, ninguém comprava carro e casa com tanta facilidade, o desemprego era assustador e o acesso à faculdade não era tão fácil. Olha que não sou benecifiário do governo.
A realidade é que a instituição política brasileira apodreceu! Dilma fez um governo 100% bom? Não! Incompetência dela? Talvez! Talvez, porque no meio do seu mandato os Estados Unidos saíram da recessão e o Brasil voltou para o seu papel econômico de figurante. Esperemos que a solução econômica esteja na saída do Guido Mantega do Ministério da Fazenda e na possível entrada do Luiz Trabuco, presidente do Bradesco.
Sabemos que no Brasil enquanto houver a polarização PT X PSDB, mais por poder do que por ideologia, o país não vai pra frente e o chefe do Poder Executivo não manda em nada. Reforma política aqui não passa de utopia. Se não puder privatizar a instituição brasileira, digo como Estado soberano, que de fato é, a solução seria mudar a forma de governo para Parlamentarismo.

Algumas dicas – simples – para a tal reforma política:

*Contrato de prestação de serviço, se fulano não cumprir as promessas de campanha será punido, talvez sendo enquadrado no Artigo 171 do Código Penal (estelionato).

*Extinção de quase todos os partidos deixando apenas os dois maiores representando esquerda e direita, ou seja, PT X PSDB. Já dá uma bela economizada, pois cada partido recebe MUITO dinheiro do tal Fundo Partidário. Desde janeiro, os partidos já receberam mais de R$ 230 milhões. Até dezembro receberão mais de R$ 82 milhões.

*Reduzir drasticamente o número de deputados federais e estaduais bem como seus benefícios.

*Fim do foro privilegiado.

Num país onde grande parte da população é alienada e não sabe votar, a democracia – apesar da obrigatoriedade do voto – nem sempre é a melhor das opções. Eu explico: Quero dizer que, apesar de, vivermos numa sociedade democrática quando sua opinião se difere da opinião da maioria das pessoas – nesse caso, se não votou na Dilma você é taxado de reacionário. E se votou, é burro. Vide Paulo Maluf, que mesmo impugnado recebeu mais de 240 mil votos, e a reeleição de Tiririca pelos tais votos de protesto! Sobre o ataque aos nordestinos só tenho uma coisa a dizer: fascistas extremistas aloprados.
Nas redes sociais fala-se em Impeachment. Alguns que não reconhecem a vitória de Dilma Rousseff querem tirá-la do poder pelo simples fato da não aceitação de sua derrota! Ou seja, não querem respeitar a democracia! É claro que se a participação da presidenta no Petrolão for investigada e comprovada, segundo matéria da "Veja", aí sim ela merece ser impeachmada. Do contrário tentarão tirar de forma inconstitucional um presidente de seu cargo. Foi assim que começou o Golpe de 64 e deu no que deu... 21 anos de chumbo. Isso chama-se democracia, gostem ou não, a maioria escolheu e ponto final!
Eu não tenho certeza de nada, acredito em tudo e sempre ouso duvidar. Duvidar de tudo e de todos faz com que minhas frustrações sejam sempre menores do que qualquer expectativa. O fundamentalismo é a razão dos imbecis. Opiniões são subjetivas, não verdades absolutas. Kant já disse que “o sábio pode mudar de opinião, o ignorante nunca”. O discordar não é a mesma coisa que julgar.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Viva a bagunça brasileira!




A sociedade que condena os justiceiros e passa a mão na cabeça dos marginais, menores de idade ou não, é a mesma que exalta o tal do “Lepo Lepo”. O índice da mediocridade nacional é alarmante. E viva a “cultura” do povo brasileiro?
Vivemos numa sociedade permissiva e hipócrita onde a brilhante, verdadeira e corajosa Rachel Sheherazade foi massacrada e jurada de morte inclusive tendo que ser escoltada pela Polícia Militar na entrada do SBT por falar sua opinião, quer dizer, por ter liberdade de expressão. Como se não bastasse à oposição do motim popular, ou do movimento pró-impunidade, a moça de temperamento forte e opinião própria foi denunciada pela deputada Jandira Feghali por fazer apologia ao crime (tortura e linchamento). Ora, quem realmente faz apologia ao crime é o Supremo Tribunal Federal, me refiro, é claro, aos ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio de Mello, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Roberto Barroso e Teori Zavascki que absolveram o ex-deputado João Paulo Cunha do crime de lavagem de dinheiro reduzindo sua pena de 9 anos e 4 meses em regime fechado para 6 anos e 4 meses em semiaberto. E mais uma vez a “justissa” mostra que, no Brasil, o crime compensa.
Direitos humanos, justiceiros, policial que faz seu trabalho e ainda tem que responder processo por matar bandido. Acredito e defendo a máxima do bandido bom é bandido morto. Ficamos reféns do carro blindado, de condomínio fechado ou de casa com um eficiente sistema de segurança. O estado é omisso, a justiça é falha e quem paga a conta somos nós. Na verdade uma conta dupla, a do Imposto de Renda e a taxa da segurança privada.  O cara te rouba, mata qualquer um e a família do criminoso ainda tem o direito de receber benefícios pagos por nós contribuintes. Quer dizer, pagamos para manter a criminalidade no popular bem-bom. E olha que o ex-presidente, general Geisel, disse certa vez que a democracia é relativa.
Estamos prestes a “comemorar” os 50 anos do Golpe de Estado dado pelos militares que por 21 anos tirou a liberdade e manchou a dignidade do Brasil. Não vou me estender neste assunto, mas gostaria de trazer isso para perguntar qual é a moral dos black blocs que vandalizam sem punição e que dizem ter um lema (que desconheço), enquanto os verdadeiros heróis da revolução brasileira foram torturados e mortos pela simples liberdade.
E o “Estadão” publicou uma matéria no início da semana, nos informando que o ministro da Pesca e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, pastor Marcelo Crivella (PRB), foi ressarcido pelo Senado em R$ 23 mil para cobrir gastos odontológicos. Coroas de cerâmica e pinos de ouro. Vale ressaltar que os implantes não foram pagos com o dízimo e sim com o nosso dinheiro, o dinheiro dos “contribuintes”. Entre 2008 e 2012, o Senado gastou com planos de saúde mais R$ 6 milhões por ano com dentes e outros tratamentos médicos, inclusive aplicações de Botox. Enquanto isso, a maioria da população não tem acesso ao atendimento básico de saúde. Nem os médicos cubanos dão conta. Mandem os senadores, deputados e afins procurarem o SUS. E parafraseando a revista francesa “So Foot”, Vive le bordel brésilien!.

A matéria do “Estadão”  com os nomes dos senadores que pediram reembolso você lê aqui.

Foto: Reprodução/Internet

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Até quando?

Eu sei que o assunto ainda repercute, mas deixei uma semana rolar para ver se mudaria de opinião diante dos fatos divulgados pela imprensa... Nada mudou e continuo tendo a mesma ideia, o mesmo pensamento. Liberdade de expressão é uma coisa. É aquilo que você faz quando quer falar algo, demonstrar alguma coisa, pedir melhorias, enfim, não é o que está acontecendo durante as manifestações populares que tomaram conta das ruas brasileiras. O conceito da liberdade de expressão foi vulgarizado. O peso dos protestos já perdeu o seu valor.
Liberdade de expressão e manifestações são coisas totalmente diferentes dos “protestos” que acontecem por aí! É lamentável, e inaceitável, que essa tal de liberdade culmine na morte de uma pessoa. O assassino do cinegrafista da Band ficará livre de qualquer punição severa e exemplar, já que o advogado do assassino deverá alegar que “não houve a intenção de matar” e porque estamos no Brasil, o país da impunidade!
Se vão mascarados e municiados de pedras e coquetel molotov não querem reivindicação alguma, querem sacanear, saquear, vandalizar, barbarizar e matar. A solução seria criminalizar os black blocs, prender quem se esconder atrás de máscaras, proibir a venda de qualquer artefato que ponha em risco a integridade física ou a vida de quem quer que seja.
E essa coisa de que violência não se combate com violência é papo pra país desenvolvido, coisa que, infelizmente, este país varonil não é. A polícia não pode e não deve dialogar com arruaceiros, vândalos, os tais black babacas. Sei que nem todos do movimento são marginais. Querem ter o respeito e o apoio da nação? Mostrem suas caras. Acho que a palavra pária seja o adjetivo mais apropriado para os tais black blocs. Tem potencial, mas não faz sua parte.
E o governo se preocupa com os movimentos anti-Copa! O poder deve se preocupar com a segurança de seus cidadãos que temem ser a próxima vítima. Tenho a opinião de que durante os jogos, os tais baderneiros estarão em suas casas, ou até mesmo nos estádios, sacolejando suas bandeirolas apoiando a Seleção Brasileira de Futebol. Talvez, protestos aconteçam quando o time perder.
E segundo o advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Caio Silva de Souza, o responsável pelo assassinato de Santiago recebia R$ 150 para participar dos protestos - entenda-se promover tumulto e quebra-quebra. Quer dizer, deixa de ser manifestante e passa a ser mercenário. Dinheiro supostamente pago por partidos políticos da extrema esquerda.
O disse-me-disse – em entrevista à repórter Bette Lucchese, da TV Globo, o então suspeito afirmou que soltou o artefato, depois, diante do delegado se manteve calado, mais tarde jogou a culpa em outro. Por sua vez, o advogado tenta desqualificar o depoimento alegando que seu cliente se sentiu acuado pelos policiais – prova mais uma vez que o ser humano é uma coisa que deu errado e que a “justissa” brasileira é falha, errada, repugnante. Até quando liberdade de expressão será confundida com crime organizado?

Foto: Reprodução/Internet

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Seria o fim?

Banalização das redes sociais, proliferação de imbecilidades, descoberta e culto a Anittas, funk ostentação e um monte de barbaridades ditas “culturalmente populares”. Além da exploração da vida perfeita e mentirosa retratada pelas poses forçadas nas fotos selfies e nas imagens da social network.
O advento da internet revolucionou o mundo, proporcionando e facilitando a comunicação, a troca de informações, a descoberta de coisas boas e interessantes, mas também de coisas fúteis e inúteis. A tal da inclusão digital, não teria causado um certo retrocesso?
Tá certo que Brasília, me referindo ao Senado, gastou R$ 2 milhões na compra de selos postais. Talvez alguém tenha comprado um Edward VII 6d I.R. Official, de 1904, que em minha última cotação custava 425 mil libras, o equivalente à quase R$ 1.700.000,00.
Voltando ao lado negro da internet... Nestes últimos dias, estive lendo comentários em sites de notícias sobre os tais rolezinhos e conclui que estão legitimando os tais encontros, vitimizando seus pobres frequentadores e crucificando lojistas e pessoas contrárias ao tal movimento “social” de reivindicação da igualdade.
O meu acalento, aquele que me mantém a esperança, é saber que existem acervos que realmente contribuem para a cultura da nação como os dedicados à Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, além das páginas dos institutos Moreira Salles e Cravo Albin, dos arquivos digitalizados da Biblioteca Nacional, assim como do Arquivo Nacional, além de algumas raridades radiofônicas presentes no YouTube.
A internet também permite que dinheiro seja arrecadado para pagar multa de político ladrão. Duvido que gente honesta, de caráter e com massa encefálica tenha contribuído para a tal vaquinha, uma verdadeira mixórdia. Laranjas, Zé Manés, ingênuos, talvez?
A massificação da internet atrelada a epidemia dos celulares que fazem foto e vídeo resulta em coisas estupidamente ridículas, mas populares. Sejamos menos moralistas e, evidentemente, menos hipócritas! Compartilhe! Curta! Contribua com o retrocesso da inovação que mudou o mundo! Seria este o fim da funcionalidade da internet?

Foto: Reprodução/Internet

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Olha o bonde do rolê!

Não, eu não vou escrever sobre a banda curitibana que faz rock, folk com batidas do funk carioca seduzindo o público alternativo. A última moda, que surgiu em São Paulo no mês passado e já está se espalhando por aí, são os encontros marcados pelas redes sociais para fazer um passeio no shopping, o bonde do rolê! Cuidado com o tal do rolezinho! Você, que vai ao shopping no final de semana depois do estresse e cansaço do trabalho, pode ser vítima destes jovens delinquentes, que segundo informações da imprensa, são de baixa-renda e moradores da periferia.
Encontros em shopping, você marca com dois, três amigos no máximo. No caso do rolezinho vejo como formação de quadrilha. Alguns fazem arrastão, outros promovem atos de vandalismo e violência, e muitos vão com a galera! Sei que muitos pensam e dizem: "Coitados, são jovens pobres que querem diversão!". Se são pobres, qual seria a diversão em um shopping de alto nível? E o guarda municipal de Guarulhos que foi agredido? Melhor dizendo, surrado?
Quando ouço falar do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), eca! Tenho nojo! Estão protegendo bandidos “de menor” que cometem crimes “de maior”. Criança faz birra, não rolezinho! Se os pais não cuidam, a polícia tem o direito e o dever não de repreender ou apreender, mas sim de prender.
Fazer um movimento pró-rolezinho e, digamos, contra a atitude de alguns shoppings como o JK Iguatemi, citando apenas este como exemplo, é o cúmulo do absurdo. Pior ainda é atrelar esta atitude de uma entidade que é privada – a de proibir a entrada de gangues em suas dependências para dar segurança a seus frequentadores e funcionários – ao racismo. Isso não passa de idiotice, estupidez, cretinice!
Podem me chamar de preconceituoso, burguês ou fascista, ou dos três adjetivos! Até porque, penso que estes adjetivos já foram vulgarizados há tempos! Não ligo, é um direito seu. Assim como tenho o direito de falar, escrever ou expressar a minha opinião. Isso é o que penso e posso, talvez, um dia, mudar de ideia. A massificação da internet e, consequentemente, sua banalização dá nisso! Nós estamos cedendo ao crime! Desta vez, organizado pelas redes sociais!

Foto: Lex Silva/Estadão