
“Amor e Revolução”, talvez maior aposta do SBT para este ano, estreou hoje e mostrou a que veio. Figurino, direção de arte, efeitos especiais e enquadramentos fascinantes, trilha sonora perfeita (http://migre.me/4bTGC). O capítulo mostrou os dias anteriores ao golpe de 1º de abril de 1964, o início dos levantes estudantis, o começo da repressão – que viria ser os anos de chumbo. Muita ação, correria e tiros marcaram a estreia da novela de Tiago Santiago. Algumas interpretações não convenceram, pequenos erros de continuidade, quase imperceptíveis. Mas “Amor e Revolução” foi um estouro. O depoimento de uma vítima da ditadura fechou o capítulo e como disse Amelinha: “Não se consolida uma democracia com cadáveres insepultos”.
A novela rendeu ao SBT o terceiro lugar no Ibope, segundo os dados prévios, “Amor e Revolução” marcou 7 pontos com picos de 9. A Globo liderou com 20 pontos, seguida pela Record com 12.
Infelizmente, após a novela os comentários do Twitter eram sobre a estreia de “Ídolos”. Um programa, que realmente não traz nada de bom culturalmente. Na verdade deixa a autoestima das pessoas que não cantam bem lá embaixo, mas que dá – talvez – audiência. Não sei como é o comportamento do novo time de jurados, mas se for comparar com as edições anteriores, humilhação na certa.
Pena que o assunto tratado na novela de Tiago Santiago não é de interesse do grande público. Ditadura, apesar de ter deixado uma mancha negra na história desse país, é o assunto que mais fascina, seguido pela história da Família Real.
Num país como este, “sucesso” é o “Rebolation” e as “ridiculices” promovidas por Rodrigo Faro.
Amanhã, permita um pouquinho de cultura a si mesmo, assista cinco minutos “Amor e Revolução”!
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