sexta-feira, 6 de agosto de 2010
“Acredito na Justiça. A ordem processual foi restabelecida”.
O título deste artigo foi à frase disparada a jornalistas nesta sexta-feira (6) por Mizael Bispo de Souza, advogado, policial militar aposentado e principal suspeito de matar a advogada Mércia Nakashima, sua ex-namorada. Veja a competência da “justiça” brasileira, especificamente a da desembargadora Angélica de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que concedeu um habeas corpus ao colega. No despacho, escreveu: “Ainda que se reconheça a presença de veementes indícios de autoria e prova da materialidade do fato, não se vislumbra, no caso presente, ao menos, por agora, a necessidade da custódia cautelar do paciente”.
O mais incrível é que esta é a segunda vez que a prisão preventiva de Mizael é decretada, ele desaparece e só se “entrega” quando um habeas corpus é concedido, neste caso cruel, por duas vezes.
A “justiça” nacional com sua enorme competência de se fazer Justiça reconhece a chamada e temida presunção de inocência, apoia-se no fato do réu ser primário, ter residência fixa – apesar de Mizael não ter sido encontrado na sua casa quando, por duas vezes, sua prisão foi decretada – e concede, mesmo sendo liminar, o habeas corpus. A imprensa não noticiou, mas vocês sabem como o corpo foi encontrado? Eu tive acesso às fotos do corpo e por humanidade e respeito à família da vítima não as publico. Não sou perito criminal, mas vendo a barbárie, nota-se que o autor do crime tem conhecimentos técnicos de como se livrar de um corpo.
Uma das provas – o rastreador do carro de Mizael – mostra que o suspeito esteve próximo ao local onde o corpo de Mércia foi encontrado. De acordo com o delegado responsável pela investigação do crime, Antônio de Olim, a quebra dos sigilos telefônicos de Mizael e do vigia Evandro Bezerra da Silva – este preso, acusado por ter auxiliado o advogado a sair da cena do crime – mostra que os dois trocaram vários telefones, inclusive no dia do desaparecimento de Mércia, combinando o crime.
Eu sinceramente acredito na Justiça e torço para que a ordem processual seja restabelecida.
Foto:Reprodução / Internet
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