segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Se é pela falta de democracia, fora arruaceiros!!!
Há duas semanas, a USP se transformou num covil de vândalos letrados. No último dia 27, a Polícia Militar do Estado de São Paulo abordou e deteve três estudantes que fumavam maconha no campus. A atitude legal foi vista, por alguns alunos, como arbitrária. Fato este que culminou na invasão, por cem estudantes, do prédio de administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). No dia 1º de novembro, foi realizada uma assembleia com mais de 1.000 pessoas para decidir se os estudantes deveriam ou não desocupar o prédio. A maioria, 559 alunos, aprovou a decisão. Na madrugada do dia seguinte, um pequeno grupo que perdeu na votação e, portanto, contrário à decisão tomada em assembleia – e legitimada pela democracia – resolveu invadir o prédio da reitoria. Os mesmos invasores, aqueles que não aceitaram a decisão democrática, afirmam que desocuparão a reitoria caso isso seja aprovado em uma assembleia geral dos alunos.
Na última quinta-feira, a Justiça determinou a reintegração de posse da reitoria e deu um prazo de 24 horas para que os alunos deixassem o prédio. No sábado, a mesma Justiça aceitou um acordo proposto pelos arruaceiros e adiou a desocupação para às 23h desta segunda-feira. A Justiça também determinou que seja usada a força policial para a retirada dos manifestantes.
Os vândalos letrados exigem que a PM deixe o campus e que os processos administrativos contra 20 alunos, envolvidos em manifestações anteriores, sejam extirpados. Para tentar findar um acordo que culmine na paz estudantil, a reitoria promete revisar os processos contra os alunos e conceder a “anistia”, além de criar grupos de discussão sobre o convênio da Universidade de São Paulo com a Polícia Militar.
É de grade valia ressaltar que os policiais passaram a ter uma maior atuação na USP, em setembro, após o pedido dos alunos para que a segurança no campus fosse reforçada. A medida foi solicitada depois que o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi morto com um tiro na cabeça no estacionamento da faculdade de Economia, em maio.
De um lado, “estudantes” pedem que o reitor João Grandino Rodas deixe o comando da Universidade de São Paulo, assim como a Polícia Militar deixe de fazer seu trabalho e permita o uso de maconha, já que a prisão de três alunos, pelo uso da Cannabis sativa, foi o estopim para a invasão. Do outro, os verdadeiros estudantes combatem o protesto vândalo e defendem a permanência da PM na cidade universitária, ressaltando a informação de que falta segurança.
Compactuo com a decisão da Justiça em autorizar o uso da força policial para retirar os baderneiros da reitoria. Acredito que o prazo para a desocupação não deveria ter sido postergado, mas, para evitar um confronto maior, defendo esta atitude. Defendo também, que após a saída dos “estudantes”, seja por vontade própria ou pela força dos homens da lei, a minoria baderneira seja expulsa da, talvez, universidade mais importante do Brasil. Quantos estudantes, bons e honestos, gostariam de ter sua graduação na USP? Quantos deles perderam suas vagas para dar lugar aos outros “estudantes”? E no meio destes “estudantes”, alguns levantam as bandeiras do PCO, MNN e LER-QI enquanto outros recobrem seus rostos com camisetas e toucas ninja, no estilo peculiar dos bandidos e dos bandidos presos em dias de rebelião. Se é pela falta de democracia, fora arruaceiros!!! E força PM... Nos dois sentidos!!! Falta pouco mais de uma hora para que a desocupação estudantil comece.
Foto: Reprodução/Mundo das Tribos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário