segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Seria o fim?

Banalização das redes sociais, proliferação de imbecilidades, descoberta e culto a Anittas, funk ostentação e um monte de barbaridades ditas “culturalmente populares”. Além da exploração da vida perfeita e mentirosa retratada pelas poses forçadas nas fotos selfies e nas imagens da social network.
O advento da internet revolucionou o mundo, proporcionando e facilitando a comunicação, a troca de informações, a descoberta de coisas boas e interessantes, mas também de coisas fúteis e inúteis. A tal da inclusão digital, não teria causado um certo retrocesso?
Tá certo que Brasília, me referindo ao Senado, gastou R$ 2 milhões na compra de selos postais. Talvez alguém tenha comprado um Edward VII 6d I.R. Official, de 1904, que em minha última cotação custava 425 mil libras, o equivalente à quase R$ 1.700.000,00.
Voltando ao lado negro da internet... Nestes últimos dias, estive lendo comentários em sites de notícias sobre os tais rolezinhos e conclui que estão legitimando os tais encontros, vitimizando seus pobres frequentadores e crucificando lojistas e pessoas contrárias ao tal movimento “social” de reivindicação da igualdade.
O meu acalento, aquele que me mantém a esperança, é saber que existem acervos que realmente contribuem para a cultura da nação como os dedicados à Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, além das páginas dos institutos Moreira Salles e Cravo Albin, dos arquivos digitalizados da Biblioteca Nacional, assim como do Arquivo Nacional, além de algumas raridades radiofônicas presentes no YouTube.
A internet também permite que dinheiro seja arrecadado para pagar multa de político ladrão. Duvido que gente honesta, de caráter e com massa encefálica tenha contribuído para a tal vaquinha, uma verdadeira mixórdia. Laranjas, Zé Manés, ingênuos, talvez?
A massificação da internet atrelada a epidemia dos celulares que fazem foto e vídeo resulta em coisas estupidamente ridículas, mas populares. Sejamos menos moralistas e, evidentemente, menos hipócritas! Compartilhe! Curta! Contribua com o retrocesso da inovação que mudou o mundo! Seria este o fim da funcionalidade da internet?

Foto: Reprodução/Internet

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Olha o bonde do rolê!

Não, eu não vou escrever sobre a banda curitibana que faz rock, folk com batidas do funk carioca seduzindo o público alternativo. A última moda, que surgiu em São Paulo no mês passado e já está se espalhando por aí, são os encontros marcados pelas redes sociais para fazer um passeio no shopping, o bonde do rolê! Cuidado com o tal do rolezinho! Você, que vai ao shopping no final de semana depois do estresse e cansaço do trabalho, pode ser vítima destes jovens delinquentes, que segundo informações da imprensa, são de baixa-renda e moradores da periferia.
Encontros em shopping, você marca com dois, três amigos no máximo. No caso do rolezinho vejo como formação de quadrilha. Alguns fazem arrastão, outros promovem atos de vandalismo e violência, e muitos vão com a galera! Sei que muitos pensam e dizem: "Coitados, são jovens pobres que querem diversão!". Se são pobres, qual seria a diversão em um shopping de alto nível? E o guarda municipal de Guarulhos que foi agredido? Melhor dizendo, surrado?
Quando ouço falar do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), eca! Tenho nojo! Estão protegendo bandidos “de menor” que cometem crimes “de maior”. Criança faz birra, não rolezinho! Se os pais não cuidam, a polícia tem o direito e o dever não de repreender ou apreender, mas sim de prender.
Fazer um movimento pró-rolezinho e, digamos, contra a atitude de alguns shoppings como o JK Iguatemi, citando apenas este como exemplo, é o cúmulo do absurdo. Pior ainda é atrelar esta atitude de uma entidade que é privada – a de proibir a entrada de gangues em suas dependências para dar segurança a seus frequentadores e funcionários – ao racismo. Isso não passa de idiotice, estupidez, cretinice!
Podem me chamar de preconceituoso, burguês ou fascista, ou dos três adjetivos! Até porque, penso que estes adjetivos já foram vulgarizados há tempos! Não ligo, é um direito seu. Assim como tenho o direito de falar, escrever ou expressar a minha opinião. Isso é o que penso e posso, talvez, um dia, mudar de ideia. A massificação da internet e, consequentemente, sua banalização dá nisso! Nós estamos cedendo ao crime! Desta vez, organizado pelas redes sociais!

Foto: Lex Silva/Estadão