segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Por que falamos PALAVRÃO???


Esta matéria tem nível de curiosidade. Não tenho o objetivo de ofender ninguém. No final, listarei alguns dos palavrões mais falados no Brasil e nos Estados Unidos, então se você é uma pessoa pudica e não gosta deste tipo de vocabulário não siga em frente!
Estava tomando meu café da madrugada, quando meu sobrinho esbarrou na minha caneca virando o meu café com leite. Na hora (2 da manhã) soltei um sonoro e delicioso PUTA QUE PARIU... Em seguida, fui tomado por uma paz de espírito, me acalmei e voltei, ou melhor, comecei a tomar meu delicioso café. Então resolvi escrever este artigo. Passei o final de semana pesquisando e o resultado você lê a seguir.


Não se precisa de explicação muito menos de formação acadêmica, os palavrões fazem parte do nosso vocábulo cotidiano. Proferir uma palavra de baixo calão é um tabu em todos os lugares e mesmo assim usamos regularmente seja para expressar raiva, espanto, surpresa ou até mesmo alegria. O xingamento com palavras “feias” é associado à raiva, mas de acordo com algumas pesquisas, ajuda a aliviar o estresse e a controlar a ansiedade. Quem nunca bateu o dedinho do pé na beirada de um móvel ou a cabeça na quina do armário da cozinha e soltou: puuuta que pariu??? Uma leve sensação de alivio tomou conta você, não é?
O uso dos palavrões é de grande importância nas interações sociais. Pesquisas apontam que, no passado, os homens xingavam para se sentirem mais homens e as mulheres xingavam para se parecer com os homens. A sociedade considera palavrão como coisa de homem e por conta disso, a mulher é mais julgada e condenada pelo uso destas palavras. Sendo assim, por quebrar mais tabus que o homem a mulher é considerada imoral. O falar uma palavra de baixo calão se tornou hábito, mas não significa que toda a sociedade aceita ou permite o uso de tais expressões. Tanto que é comum fazer a relação entre palavrões e baixa renda, apesar de a maioria da população, independente da raça ou poder econômico, usar uma expressão mal quista pela sociedade.
As palavras consideradas vulgares e as atitudes que elas causam mudam com o passar do tempo. Expressões que antes eram consideradas palavrões, agora são comuns e outras se tornaram obscenas. Palavrões existem em todas as línguas assim como suas classificações. Alguns são considerados leves e outros quase impronunciáveis. Classificações pautadas pela atitude da sociedade em relação à palavra do que com o real significado da expressão. As mulheres tendem a evitar o uso de palavrões relacionados com a anatomia sexual feminina, acreditando que essas palavras têm caráter machista.

Os palavrões podem:

– Estabelecer a identidade de um grupo;
– Fixar e manter o vínculo de um membro em um grupo;
– Expressar solidariedade, confiança e intimidade;
– Colocar humor;
– Dar ênfase à determinada situação;
– Expressar choque;
– Esconder medo ou insegurança;


O cérebro consegue diferenciar os palavrões de outras palavras. A linguagem é processada pelo córtex cerebral, enquanto seu conteúdo emocional é criado dentro do cérebro. Os palavrões são processados em regiões mais baixas, junto com as emoções e o instinto.
Estudos científicos concluíram que em vez de processar um palavrão como uma série de fonemas ou unidades sonoras que devem ser combinadas para formar uma palavra, o cérebro armazena os palavrões como unidades inteiras no sistema límbico que também hospeda a memória, as emoções e os comportamentos primários, ou seja, falar palavrão funciona como uma atividade motora do fator emocional. Segundo a pesquisa, nós conseguimos lembrar de palavrões quatro vezes mais do que de outras palavras.
Falar palavrões pode ser um hábito divertido como também pode ser resultado de danos cerebrais ou sintoma de doença que afeta nossa habilidade de falar e nos leva aos palavrões incessantes.
A afasia é a perda da capacidade de falar, devido a danos cerebrais nas partes responsáveis pela linguagem. Muitos afásicos passam a produzir a fala automática que pode incluir palavrões. Em alguns casos, o paciente não consegue criar frases ou palavras, mas consegue usar palavrões para xingar. A habilidade de pronunciar as palavras pode mudar durante a recuperação do paciente, mas o uso dos palavrões permanece igual.
A coprolalia – incessantes palavras relacionadas a excremento, genitais ou atos sexuais, além de comentários socialmente depreciativos – é um sintoma da Síndrome de Tourette que, segundo pesquisas, atinge mais homens e jovens do que mulheres. Aparece até os sete anos de idade, após o início de tiques, e diminui na fase adulta.


Nos Estados Unidos, dependendo da situação, falar palavrão é ilegal. Na Primeira Emenda da Constituição (que garante a liberdade de expressão) palavras obscenas entram na categoria de discurso não protegido se enquadrando em linguagem que estimula pessoas à violência, calunia e difamação, ameaças e até propaganda enganosa, além de casos de assédio sexual envolvendo registros de palavrões, levando várias pessoas aos tribunais em processos relacionados a xingamentos. O discurso não protegido fez com que a Comissão Federal de Comunicações (em inglês, Federal Communications Commission) criasse regras, em 2004, de decoro nas transmissões de rádio e televisão. Medida que não é válida para escolas e empresas, já que os tribunais estabelecem que as organizações privadas têm o direito de definir e fazer cumprir suas próprias regras de comportamento e julgamento.
Em julho passado, três juizes de um tribunal de recursos de Nova York derrubaram a medida do governo federal que aplicava multas contra emissoras de TV que transmitissem, ao vivo, expressões consideradas obscenas – qualquer palavra relacionada a sexo, órgãos sexuais ou de conteúdo escatológico (fezes, urina) – alegando inconstitucionalidade. Os juizes afirmaram que falta uma definição clara do que é considerado ofensivo. Em comunicado, à época, a FCC divulgou uma nota de repúdio. “Lamentavelmente, o tribunal concentrou suas energias no suposto efeito paralisante da nossa política contra indecência sobre emissoras que transmitem programas indecentes, e não sobre o efeito paralisante que a decisão terá na capacidade dos pais americanos de resguardar os interesses de seus filhos (...) Espero que essa decisão seja contestada e revertida”, assina a nota o chefe da entidade, Michael Copps.

Palavrões mais falados no Brasil:

Caralho
Porra
Puta que pariu
Filho da puta
Merda
Vai tomar no cu*
Vai se foder
Buceta
Viado
Puta merda
Cacete

* Oxítona terminada em “u”, portanto, sem acento mesmo!

Alguns palavrões mais usados nos Estados Unidos:

Sucker – Babaca;
Dumbell – Imbecil
Shimack – Estúpido
Jerk – Idiota;
Wretch – Desgraçado;
Asshole – Cuzão;
Chicken – Cagão
Fog – Bicha louca, viado;
Crickhold – Corno
Sex pot – Gostosa;
Holy shit – Puta merda;
Piss off – Vá a merda;
Bitch – Vaca;
Motherfucker – Filho da mãe;
Son of a bitch – Filho da puta;
Damn it – Caralho. Uso mais como “droga”;
Shit – Merda;
Cream – Porra;
Cunt – Buceta. Usado também para chamar alguém de vagabunda;
Whore – Puta;
Tramp bitch – Puta vagabunda;
Prick ou Crap – Caralho;
Bullshit – Seria algo como merda, bosta. Porém uso como sinônimo de papo-furado, ou seja, besteira;
Pain in the ass – Pau no cu;
Your ass – Seu cu;
Put on airs – Fazer cu doce;
That sucks – Que bosta;
Go fuck yourself ou Fuck off – Vai se foder;
Fuck your – Foda-se;
No fucking way – Nem fodendo;
I got fucked – Me ferrei;

Algumas expressões em inglês:

I’m pissed off – Estou puto da vida;
Your poker face – Seu cara de pau;
Your scoundrel – Seu canalha;
Your apple shiner ou Your boot liker – Puxa saco;
You’re a pain in the ass – Você é um pé no saco;

E para finalizar este artigo, de utilidade pública, nada melhor do que o delicioso, famoso e super comentado vídeo da Cris Nicolotti, então vai TOMAR NO...



Vídeo: Youtube

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