O tema deste artigo não poderia ser outro. A histórica e já esperada eleição de Dilma Rousseff. Tida como durona, ríspida e arrogante por alguns membros da oposição, a descendente búlgara de 62 anos de idade entrou para a história do Brasil como a primeira mulher a comandar o Poder Legislativo.
Num rebento de democracia, a mulher forte, mãe de família e ex-guerrilheira se tornou a 40ª presidente do maior e mais importante país da América do Sul. Economista de formação, promete erradicar a miséria no Brasil, continuar com o crescimento econômico do país que primeiro saiu da crise financeira mundial, se é que para nós brasileiros ela existiu. Se existiu, grande parte da população não sentiu.
Escrevo essas poucas linhas para dar os parabéns à população que exerceu seu direito de democracia e cidadania. População que ativamente elegeu, mesmo com o bedelho papal, uma mulher ao cargo mais importante de um país com exatos 55.752.529 votos. Parabéns que não vale aos “eleitores” que deixaram de comparecer às suas seções eleitorais e para aqueles que não participaram corretamente deste processo histórico: os brancos e nulos.
Em meu entendimento, o povo está deixando de tomar suas decisões baseando-se no dizer de entidades religiosas, políticas e afins.
Como muitos disseram, Dilma Rousseff foi guerrilheira. Alguns a chamaram de terrorista. A presidente participou sim dos movimentos estudantis. Foi presa na Rua Augusta aos 19 anos de idade. Ficou sob o poder do DOPS por intermináveis 3 anos. Período onde foi torturada e provavelmente salvou a vida de seus companheiros. Como afirmou um deles ao “Fantástico”, o advogado Gilberto Vasconcelos, Dilma nunca participou ativamente de uma ação violenta nos tempos da terrível e assombrosa ditadura militar. A presidente ficava na área do planejamento. A ditadura acabou graças aos corajosos e impetuosos jovens que saiam às ruas, mesmo correndo o risco de prisão e provavelmente morte, para defender seus direitos de liberdade e democracia.
Enquanto uns e outros fugiam para o exterior por medo da prisão, Dilma estava lá defendendo seus, meus, nossos direitos. Direitos, que como a oposição dizia até dias atrás, acabará. Direitos que no discurso da vitória, Dilma disse e reafirmou hoje em entrevista ao “Jornal Nacional”, serão mantidos.
O Brasil entra mais uma vez para história. Não pelo futebol ou pelo samba, mas por confiar e deixar uma mulher “inexperiente” comandar a vida de 191 milhões de brasileiros e brasileiras. Viva a democracia!!!
Foto: Reprodução / Internet
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