segunda-feira, 11 de abril de 2011
Universal Music prevê o fim da venda de CDs em 15 anos
O mercado de CDs vai acabar em 15 anos, segundo a gravadora Universal Music. O vice-presidente da Vivendi, grupo que controla a Universal, Simon Gillham, disse que os analistas da gravadora estimam a substituição da venda de CDs por download oficial das músicas em dez anos, caso a expansão da internet supere o previsto.
Para o executivo, a comercialização de discos está em declínio, já que a Universal faturou US$ 2,1 bilhões, em 2010, uma queda de 10,3% em relação ao ano anterior. No mesmo período, a gravadora lucrou US$ 1 bilhão com a venda de faixas ou discos por download, um crescimento de 7,5%.
No ano passado, Eminem vendeu 6 milhões de discos nos Estados Unidos, ficando em primeiro lugar no ranking da Universal, seguido por Lady Gaga, com 4,8 milhões de cópias vendidas, Taylor Swift (4,3 milhões), Rihanna e Justin Bieber, com 3 milhões cada.
Em 2009, a liderança pertenceu ao Black Eyed Peas (5,4 milhões), Taylor Swift (4,7), Lady Gaga (4,6), U2 (4,3) e Andrea Bocelli fechou a lista dos mais vendidos com 3,7 milhões.
Segundo pesquisa do Strategy Analytics, as vendas de músicas on-line nos Estados Unidos têm previsão de faturamento de US$ 2,8 bilhões para 2012, enquanto a venda de CDs deve faturar US$ 100 milhões. Segundo o diretor de pesquisa de mídias digitais da Strategy, Martin Olausson, o faturamento das gravadoras continuará a cair até que elas encontrem novas estratégias de crescimento. “Com a rápida adoção de equipamentos conectados à internet, os fãs exigirão flexibilidade nas ofertas”, disse.
Até 2015, a Strategy prevê que o download de faixas seja o líder de vendas no mercado musical, representando 39% da receita das gravadoras, e os downloads de álbuns completos movimentarão 32% das vendas. Assinaturas e publicidade terão participação de 14%, cada, nas receitas.
A parceria das gravadoras Universal, Sony, EMI com o Google resultou em uma das maiores lojas de download. O serviço Vevo, que comercializa aplicativos para iPad, iPhone e iPod Touch, possui 60 milhões de clientes nos Estados Unidos e Canadá, e possui espaço para assinaturas e anúncios, outras duas fontes de receita.
Com informações da “Folha de S. Paulo”.
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