IMPÉRIO SERRANO
Cores: Verde e Branca
Presidente: Humberto Soares Carneiro
Carnavalesco: Márcia Lage
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Diego Machado e Jacqueline Gomes
Intérprete: Nêgo
Samba: A lenda das sereias e os mistérios do mar
(Vicente Matos, Dinoel Sampaio e Arlindo Velloso)
O mar, misterioso mar
Que vem do horizonte
É o berço das sereias
Lendário e fascinante
Olha o canto da sereia
Ialaô, Okê, Laloá
Em noite de lua cheia
Ouço a sereia cantar
E o luar sorrindo
Então se encanta
Com a doce melodia
Os madrigais vão despertar
Ela mora no mar
Ela brinca na areia
No balanço das ondas
A paz ela semeia
Toda a corte engalanada
Transformando o mar em flor
Vê o Império enamorado
Chegar à morada do amor
Oguntê, Marabô,
Caiala e Sobá
Oloxum, Inaê
Janaína e Iemanjá
(São rainhas do mar...)
GRANDE RIO
Cores: Vermelha, Verde e Branca
Presidente: Hélio Ribeiro de Oliveira e Jaider Soares
Carnavalesco: Cahê Rodrigues
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Sidcley e Squel
Intérprete: Wantuir
Samba: Voilá, Caxias! Para sempre Liberté, Égalité, Fraternité, merci beaucoup, Brésil! Não tem de quê!
(Deré, Emerson Dias, Rafael Ribeiro e Mingau)
O Rei Sol bordado em ouro e a corte... A brilhar
‘Champagne’, um baile pra comemorar
Mistérios da Terra Brasilis vão se revelar
Navegando não imaginava encontrar
Ver tanta beleza seduzindo o meu olhar
Um grito tupinambá tocou meu coração
E foi saindo "à francesa" Villegagnon
Assim nascia São Sebastião
A força de um povo que revoltado se uniu
Cruzou fronteiras “movimentando” meu Brasil
Vem o anseio de alcançar liberdade
Meu lema é ‘égalité’, fraternidade
Eu vi nascer
Um novo dia florescer
Sonhei com as cores de Debret
Emoldurando o amanhecer
Me encantava!
Quando eu sentia seu perfume pelo ar
A Ouvidor era Paris a desfilar
O grande cabaré, na Cidade Luz
Sonho ou ilusão que me conduz
De um “passo” fiz um traço no compasso da paixão
É o vôo da evolução
Flores pra nação que sempre estendeu a mão
É festa, carnaval
É união
Minha alma é tricolor
O meu orgulho é minha bandeira. Oui, Voilá!
A Grande Rio balança
‘Le mon amour’ é a França
Vem brindar!
VILA ISABEL
Cores: Branca e Azul
Presidente: Wilson Vieira Alves (Moisés)
Carnavalesco: Alex de Souza e Paulo Barros
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Julinho e Rute
Intérprete: Tinga
Samba: Neste palco da folia, é minha Vila que anuncia: ‘Theatro Municipal - A centenária maravilha’
(André Diniz, Serginho 20, Artur das Ferragens e Leonel)
Imortal! Com o povo que me conquistou
E a aura do Municipal
Hei de emanar a luz
No palco do meu carnaval
E caminhar sob o brilho e o ar de Paris
Um Boulevard, passos para um novo país
Nas rimas da minha poesia
O meu Rio de Janeiro
Derrubava o passado e erguia
O cenário pra encantar o mundo inteiro
Vi lá... No Theatro, a cortina se abrir
Com Aída, a platéia vibrar
E a cidade toda aplaudir
Sopram notas musicais
No solo a voz de um tenor
Encontra o som dos violinos
Em sinfonia é linda cena de amor
Girar... No sonho de uma bailarina
Desliza a divina missão de encenar
O pranto e o riso, paixões mascaradas
Até o astro-rei brilhar no céu
Aos mestres da folia, um baile de gala
Com a orquestra lá do bairro de Noel
Segura a Vila que eu quero ver
Vem brindar e saciar a sede
No alto da sede, coroa hoje brilha
À centenária maravilha
MOCIDADE INDEPENDENTE
Cores: Verde e Branca
Presidente: Paulo Vianna
Carnavalesco: Cláudio Cavalcanti (Cebola)
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Raphael Rodrigues e Marcella Alves
Intérprete: Wander Pires
Samba: Mocidade apresenta: Clube Literário – Machado de Assis e Guimarães Rosa... Estrela em poesia!
(Jefinho, Santana, Ricardo Simpatia, Marquinho Índio e Diego Rodrigues)
Reluzente, estrela de um encontro divinal
Risca o céu em poesias
Traz a magia pra reger meu carnaval
Despertam das páginas do tempo
Romances, personagens, sentimentos...
Machado de Assis, que fez da vida sua inspiração
Um literato iluminado
As obras, um destino, a superação
Nos olhos da arte reflete o legado
Do gênio imortal, do bruxo amado
Que deu ao jornal um tom verdadeiro
Apaixonado pelo Rio de Janeiro
A canção do meu sarau te faz sonhar
A emoção vai te levar
A estrela adormece, na paz do amor
Abençoado, um novo sol brilhou
O vento traz Rosa de Minas
Rosa do mundo pra te encantar
Palavras que tocam a alma
Fascinam e tem poder de curar
Pelas veredas do sertão, a fé, o povo em oração
Pedindo a santa em romaria pra chover em nosso chão
Mistérios na vida desse escritor
Revelam histórias de um sonhador
Brasil de tantas artes, nas letras sedução
Herança em cada coração
Mocidade, a sua estrela sempre vai brilhar
Um show de poesia, em nossa Academia
Saudade em verso e prosa vai ficar
BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS
Cores: Azul e Branca
Presidente: Farid Abrão David
Carnavalesco: Alexandre Louzada, Fran-Sérgio, Laíla, e Ubiratan Silva
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Claudinho e Selmynha SorrisoZ
Intérprete: Neguinho da Beija-Flor
Samba: No chuveiro da alegria, quem banha o corpo lava a alma na folia
(Tom Tom, Marcelo Guimarães, Lopita, Jorge Augusto e Veni Vieira)
Águas do tempo
Fonte da vida, purificação
No azul da fantasia mergulhei
Nas ondas da emoção
Lá no Egito começou o hábito de se banhar
Um ritual de prazer que conquistou a realeza
No Oriente imperou
E os males da mente expulsou
Nas ervas, o aroma renovou
Nas termas, a luxúria e o vapor
Chega a Idade das Trevas
O corpo se fecha, o sonho acabou
E o que dava prazer virou pecado
O banho foi excomungado
As águas rolaram
As mentes lavaram, clareou!
O índio ensinou, o banho voltou
E o mundo se purificou
Renasce a esperança
Toda corte é perfumada
A sujeira é disfarçada até que um francês descobriu
Corpo limpo, corpo são
O banho evoluiu
Banho de chuva, banho de cheiro, oi...
Banho de felicidade
Banho de gato, amor
Relaxa e dá calor de verdade
Banho de lua ou de sol
Na cachoeira ou no mar
Odoyá, Iemanjá
Oxum! A deusa do encanto, estende o seu manto
Aos orixás a nossa fé
Quem banha o corpo lava a alma
E toma um banho de axé!
No chuveiro da alegria
Salve! As águas de Oxalá, embala eu Babá
Feito um rio de magia que deságua luxo e cor
Banhando o povo vem a Beija-Flor
UNIDOS DA TIJUCA
Cores: Azul-pavão, Amarelo, Ouro e Branco
Presidente: Fernando Horta
Carnavalesco: Luiz Carlos Bruno
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Rogério Dorneles e Lucinha Nobre
Intérprete: Bruno Ribas
Samba: Tijuca 2009: Uma Odisséia no Espaço
(Júlio Alves e Totonho)
Dourado é o sol a clarear
No azul do céu, estende o véu, isso é Tijuca
Chegou, na cauda do cometa o pavão
E a minha estrela foi buscar na imensidão
Cruzou o céu no limiar do infinito
O meu Borel visto de cima é mais bonito
Eu vou alçar ao espaço
Cavaleiro alado a desvendar
Além das estrelas o Monte de Zeus
Horizonte de meu Deus, Oxalá
Vai Tijuca, me faz delirar
A essência vem de lá
Da ciência a navegação
Luar que embala meus sonhos
Luar de qualquer estação
Eu vi brilhar em seu olhar a devoção
A lenda do Guerreiro e o dragão
O despertar da fantasia
Vi também, a criança em seu carrossel
De heróis das estrelas um céu
De mistérios e magia
Na tela, tantas jornadas pelos astros
Quem dera poder viver em pleno espaço
Vejo em minha lente a imagem sideral
Viagem do meu carnaval
A nave vai pousar
E conquistar seu coração
O dia vai chegar
Quando brilhar nossa constelação
PORTO DA PEDRA
Cores: Vermelha e Branca
Presidente: Uberlan Jorge de Oliveira
Carnavalesco: Max Lopes
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Diego Falcão e Alessandra Bessa
Intérprete: Luizinho Andanças
Samba: Não me proíbam criar, pois preciso curiar! Sou o país do futuro e tenho muito a inventar!
(Fabio Costa, David de Souza e André Félix)
A luz da imaginação
Acende o coração e o leva a curiar
Buscar o novo é conceber
O tempo do saber, desejo de criar...
É sempre assim
O proibido traz a sedução
Do início ao fim, do Paraíso a tentação
Meu Tigre mostra as garras nesse jogo
E vê no fogo a chama da evolução
Pandora a esperança e o amor (ôôôô)
Alquimia do meu ser
Na imagem do meu Criador
Um grande painel é arte
Eu traço a pincel meu estandarte
E lá do céu vem o cinzel da perfeição
Renascimento da inspiração
Como será o amanhã
Que Deus me permita ser só alegria
Aos cavaleiros da destruição
Venha à paz e a razão
Redenção na folia
O homem sonhou e um dia voou
Do gênio indomável uma nova invenção
Criança um Brasil de esperança
O mundo precisa desta salvação
Sou Porto da Pedra e não vou me calar
Eu sou curioso e quero saber
Se é bom para o mundo, se vai melhorar
É proibido por quê?
SALGUEIRO
Cores: Vermelha e Branca
Presidente: Regina Celi Fernandes Duran
Carnavalesco: Renato Lage
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Ronaldinho e Gleice Simpatia
Intérprete: Quinho
Samba: Tambor
(Moisés Santiago, Paulo Shell, Leandro Costa e Tatiana Leite)
O som do meu tambor ecoa
Ecoa pelo ar!
E faz o meu coração com emoção pulsar
Invade a alma, alucina
É vida, força e vibração
Vai meu Salgueiro... Salgueiro
Esquenta o couro da paixão!
Ressoou da natureza, primitiva comunicação
Da África, dos nossos ancestrais
Dos deuses, nos toques rituais
Nas civilizações cultura
Arte, mito, crença e cura
Tem batuque, tem magia, tem axé
O poder que contagia quem tem fé
Na ginga do corpo, emana alegria
Desperta toda energia
No folclore a herança
No canto, na dança, é festa, é popular
Seu ritmo encanta, envolve, levanta...
E o povo quer dançar
É de lata, é da comunidade
Batidas que fascinam
Esperança social
Transforma, ensina
Ao mundo deu um toque especial (É show)
É show, é samba, é carnaval!
Vem no tambor da Academia
Que a furiosa bateria vai te arrepiar
Repique, tamborim, surdo, caixa e pandeiro
Salve o mestre do Salgueiro
IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
Cores: Verde, Ouro e Branca
Presidente: Luiz Pacheco Drumond
Carnavalesco: Rosa Magalhães
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Ubirajara e Verônica
Intérprete: Paulinho Mocidade
Samba: Imperatriz... só quer mostrar que faz samba também!
(Carlos Kind, Di Andrade, Valtenci, Jorge Arthur e Josimar)
Vem curtir bom samba, pode chegar
Tem batuque de tantan
Um cavaquinho a chorar
Quem é do bairro nasceu com o dom de versar
Ramos! Numa fazenda foi que tudo começou
E sobre trilhos o destino aqui parou
Fez o progresso então chegar
Ruas, casarões, mariangú, banhos de mar
Nos carnavais ranchos e blocos vão mostrar
Que em nossas veias correm notas musicais
Trazendo paz e harmonia, paixão e razão de viver
Maestro e menestréis vêm conhecer
Vão se encontrar…
Villa Lobos, Pixinguinha e outros bambas
A semente germinou
Do Recreio então brotou
Nossa Escola de Samba
Vai virar cenário de novela
Vem comigo reviver, fala Martin Cererê
O grito de campeão vem
Arlindo, o que é que a Bahia tem
Com Lamartine és a mais bela
Liberdade, liberdade na Passarela
E pra cantar o nosso orgulho, a nossa emoção
Mais cinco vezes o “é campeão”
Na Leopoldina ecoou…
Imperatriz, traz o Fundo de Quintal
Com o Cacique eu vou, eu vou
Cinqüenta anos de carnaval
A festa vai começar, eu vou mostrar
Que faço samba também, vem ver meu bem
Se você fala de mim, não sabe o que diz
Muito prazer! Sou a Imperatriz!
PORTELA
Cores: Azul e Branca
Presidente: Nilo Figueiredo
Carnavalesco: Lane Santana e Jorge Caribé
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Fabrício Pires e Danielle Nascimento
Intérprete: Gilsinho
Samba: E por falar em amor, onde anda você?
(Ciraninho, Wanderley Monteiro, Diogo Nogueira, Luiz Carlos Máximo e Júnior Escafura)
Brilha, Portela! Das trevas renasce o amor
Doze cavaleiros se uniram
Um rei a lealdade conquistou
Lendas do povo europeu
Feitiços, mistérios, magia
A lua vem beijar o astro-rei
A noite se encontra com o dia
Lágrimas nos olhos do Imperador
Na Índia, o palácio da saudade
Mãe África negra! O amor cruza o mar
Liberdade!
Meu coração guerreiro
É raça, é filho desse chão
Meu canto tem raiz, é brasileiro
É natureza e miscigenação
Cenas de cinema, lindos temas de amor
A união da família, momentos que o vento levou
O homem tem que usar a consciência
As maravilhas da ciência
Para viver em harmonia
Vem recordar... Ranchos, blocos e cordões
Os mascarados nos salões
As fantasias do Municipal
Embarque nesse bonde, é Carnaval!
São 21 estrelas que brilham no meu olhar
Se eu for falar da Portela não vou terminar
Lá vem minha águia no céu da paixão
O azul que faz pulsar meu coração
Oh! Majestade do Samba
Meu orgulho maior é a tua bandeira
Chegou minha Portela! Meu eterno amor
A luz de Oswaldo Cruz e Madureira
MANGUEIRA
Cores: Verde e Rosa
Presidente: Eli Gonçalves da Silva (Chininha)
Carnavalesco: Roberto Szaniecki
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Marquinhos e Geovanna
Intérprete: Luizito
Samba: A Mangueira traz os Brasis do Brasil mostrando a formação do povo brasileiro
(Lequinho, Jr. Fionda, Gilson Bernini e Gusttavo Clarão)
Deus me fez assim, filho desse chão
Sou povo, sou raça... Miscigenação
Mangueira viaja nos Brasis dessa nação
O branco aqui chegou
No paraíso se encantou
Ao ver tanta beleza no lugar
Quanta riqueza pra explorar
Índio valente guerreiro
Não se deixou escravizar, lutou
E um laço de união surgiu
O negro mesmo entregue à própria sorte
Trabalhou com braço forte
Na construção do meu Brasil
É sangue, é suor, religião
Mistura de raças num só coração
Um elo de amor à minha bandeira
Canta a Estação Primeira
Cada lágrima que já rolou
Fertilizou a esperança
Da nossa gente, valeu a pena
De Norte a Sul desse país
Tantos Brasis, sagrado celeiro
Crioulo, caboclo, retrato mestiço
De fato, sou brasileiro!
Sertanejo, caipira, matuto... Sonhador
Abraço o meu irmão
Pra reviver a nossa história
Deixar guardado na memória, o seu valor
Sou a cara do povo... Mangueira
Eterna paixão
A voz do samba é verde e rosa
E “nem cabe explicação”
VIRADOURO
Cores: Vermelha e Branca
Presidente: Marco Lira
Carnavalesco: Milton Cunha
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Robson Sensação e Ana Paula
Intérprete: David do Pandeiro
Samba: Vira-Bahia, pura energia!
(Heraldo Faria, Flavinho Machado, Edu Velocci, Raphael Richaid e Floriano do Caranguejo)
Quando Orum se encontra com Ayê
Oh! Mãe-Pátria! Salve a sabedoria
Eu quero caminhar com a Natureza
Me ensina a desvendar toda essa riqueza
Recebo do seu chão a energia
E bate bem forte o tambor
Nas ruas de São Salvador
Conduz os meus passos, Senhor do Bonfim
Olorum mandou cuidar do seu jardim
E disse mais: Vai buscar na mata
No biocumbustível a nossa proteção
Filha do sertão no tabuleiro
Dendê, meu dengo, óleo de cheiro
Um dia Oxalá iluminou
Tocou no coração da nossa gente
O acordo do bem se faz oração
O mar não pode invadir o meu sertão
Sopra um vento nos canaviais
Brota a doce esperança de paz
Na força do trabalho dessa gente
Do bagaço nasce um tesouro
O lixo se veste de luxo, reluz em ouro
A água deixa o céu e se abraça com o chão
Renova a energia sob as bênçãos de um trovão
Vermelho e branco, que paixão!
A Viradouro pede axé
Caô, Xangô, Iansã, Yalodé
Vira-Bahia, pura energia
Explode num canto de fé
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