Muito se ouve falar no temido e hoje famoso bullying – termo inglês que define atos de violência intencionais e repetidos praticados pelo bully (valentão) para intimidar e/ou agredir o indivíduo incapaz de se defender. Atitudes covardes que nunca são cometidas por um único sujeito, sempre por um grupinho de futuros marginais onde um se destaca e os outros o segue.
Além do bullying direto (agressão física), existe o indireto, que é a agressão social geralmente praticada por bullies do sexo feminino com o isolamento social da vítima, intimidação de outras pessoas que querem ser amigas da vítima, comentários maldosos e críticas no modo de se vestir, aparência, opção sexual, religião, etnia e local de moradia. Os bullies também criam páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento e de publicação de fotos com o objetivo de prejudicar o “anormal”.
Todo mundo, pelo menos uma vez na vida, já foi vítima do bullying. Não com esta nova definição. Já foi insultado, perseguido, provocado, apelidado por nomes absolutamente sem graça seja por ter orelhas pouco maiores do que as dos colegas de sala, nariz cumprido, por ser gordo ou magro demais, por não jogar bem o futebol ou, pasmem, por se destacar dos outros alunos no campo das boas notas, excelentes trabalhos, comportamento ímpar e elogiável. Fui vítima do bullying por ser um aluno de bom comportamento e sempre com boas notas cumprindo meus deveres. No futebol... Sempre fui, e serei por toda eternidade, um tenebroso desastre. E o resultado: pratico bullying contra o futebol.
Uma coisa é certa, se você não quer ser vítima, não pratique. O mundo dá voltas e um dia você pode ser chamado no colégio, porque seu filho é a vítima da vez. Violência física ou psicológica sempre existiu nos colégios. Nunca o poder público fez nada. Atitudes foram tomadas sim, nos casos de crimes contra a vida. Alunos e professores são vítimas de alunos. A direção do colégio não toma partido. Os pais dos alunos – covardes – dizem que a educação é responsabilidade daquela instituição de ensino. E por aí caminha a humanidade... Violenta, nazista-fascista, onde os seus filhos sempre são as vítimas. Bullying, apenas uma palavra estrangeira incorporada ao vocábulo nacional.
Foto: Reprodução/Internet
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