quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

RENASCER DE JACAREPAGUÁ


“O Artista da Alegria dá o Tom na Folia”

...No princípio criou Deus os céus e a terra.
E a Terra era sem forma e vazia...
E disse Deus: haja luz! E houve luz! – Gênesis Cap I,II e III

E de tudo que Deus criou, da luz surgiram as cores!

O G. R. E. S. Renascer de Jacarepaguá te convida a embarcar em uma colorida viagem pelo universo das obras de Romero Brito.

Uma viagem que não tem fronteiras, início, meio e fim. É como um conto de fadas que toca o coração, liberta a alma e concretiza nossos desejos.

A mente humana guarda sonhos, fantasias, loucuras e magias. É como uma abstrata máquina que subindo e descendo, girando para todos os lados carrega milhares de células que conferem ao homem dons divinais entre eles o poder de pensar e criar. E Deus deu a ele a genialidade na arte de brincar com formas sem formas. Na arte de transformar o insano em sano e de fazer surgir das mais fantásticas fantasias de sua mente, formas que encantaram o mundo inteiro. Mente querida que não se rendeu a infância sofrida.

O Criador o fez assim: moleque, maneiro, faceiro e arretado. Em suas mãos o abstrato criou forma e as cores se transformaram na razão de sua vida!

Desembarcamos na história da arte ocidental, viajamos a barroca Itália do Mestre Caravaggio que retratava o aspecto mundano dos eventos bíblicos, usando o povo comum das ruas de Roma.

Ainda jovem, Romero recebeu de seu irmão, um jovem vendedor de enciclopédias, um livro a respeito de Caravaggio, sequer havia ouvido falar do Mestre, mas se impressionou com a violência de sua obra. Sua infância pobre nas favelas de Recife, repletas de adversidades, poderia fazer de Romero o novo Caravaggio, o Caravaggio Tropical, dores e dificuldades não faltariam para retratar, Romero era na verdade uma dessas milhares de pessoas comuns que Caravaggio retratava em suas telas. Mas o que faz uma pessoa comum? As circunstâncias? O cenário de sua vida? Ao escolher seu estilo artístico, Romero nos apresenta uma grande lição de vida: não somos oque temos, somos o que guardamos dentro de nós. Somos o que podemos contribuir para um mundo melhor, das obras de Caravaggio teve a exata noção do que não queria retratar em suas obras, se poderia influenciar o mundo e as pessoas com uma obra feliz, serena e brilhante, por que iria compartilhar seus pesadelos?

Ainda na Europa sua inspiração viaja para Espanha de Pablo Picasso, o artista das formas certamente é um traço reconhecido na obra de Romero. Picasso, o pai do cubismo no mundo é um marco em suas obras.

Dizem que a propaganda é alma do negócio, mas no fundo a propaganda é uma nave por onde uma obra navega e chega a muitos lugares. Quando um artista idealiza uma obra, ela se limita a um espectador, alegra uma única vida, altera uma única história. Uma obra que ilustra um produto, tem um poder de alcance inimaginável. As obras de Romero transmitem alegria e através dos inúmeros produtos mundiais que carregam os traços de Britto, esta arte isenta de ansiedade e medo rompeu fronteiras étnicas, sociais e religiosas alcançando um número incalculável de vidas e de histórias.

É o início do ciclo publicitário de sua carreira onde Romero descobre que o infinito é realmente intocável e sua obra abraça o mundo, chegando aos cinco continentes. Dezenas de trabalhos publicitários, selos para a ONU e esculturas que tiraram do artista o poder de perceber até onde pode chegar, embora tenha durante sua vida, criado sem a pretensão de voos distantes, pois criou com a alma e com a emoção de ver uma vida ou sorriso modificado. E neste aspecto, já é muito mais que um vencedor.

O mundo conhece Romero e ele está ou esteve nos maiores circuitos artísticos mundial. Suas obras públicas ilustram várias cidades do mundo, inclusive sua doce e bela Miami. A cidade que abriu as portas para suas obras e reconhece seu brilhantismo em quase toda sua extensão territorial. Museus mundiais puderam apresentar a sua nação o encanto das telas e peças deste artista. Romero de Brito chega à Cidade Luz, ao Museu do Louvre em Paris, o mais visitado museu do mundo, onde nosso genuíno artista pôde se encontrar com os maiores Gênios das artes plásticas do mundo que até então, viviam apenas nas lembranças de sua infância.

Do alto do morro e de braços abertos o Corcovado recebe este artista que no maior espetáculo da terra conta as maravilhas deste gênio modernista. É a capital do samba que explode de felicidade e suas paisagens naturais vão ganhando as cores e a cara de Romero. O Rio de Janeiro recebe agora um olhar carinhoso de Britto e a cidade do samba da mulata e futebol aos poucos se rende.

Em 06 de outubro de 1963, quando o quarto exército invadia o Recife para uma luta armada contra a revolta dos camponeses, nascia Romero de Brito, um garoto pernambucano que aos 8 anos de idade chamava a atenção na escola onde estudava. Além de decorar cadernos com desenhos coloridíssimos, passava horas no quintal de sua casa criando. Sucatas, papelão e jornal serviam de suporte para suas pinturas. E ele adorava ganhar de presente livros de arte. "Eu ficava ali sentado e copiava mestres da pintura por dias e dias", lembra Romero Britto.

''Nasci com um dom, e quero dividir com todos''

Britto criou obras que invocam o espírito de esperança e transmitem uma sensação de aconchego. Suas obras são chamadas, por colecionadores e admiradores, de "arte da cura". Sua arte contém cores vibrantes e composições ousadas, criando graciosos temas com elementos compostos do cubismo.

Nesta Noite a passarela branca vai se colorir de alegria, a Renascer abre as portas da folia para contar a vida e arte de Romero de Brito esse mágico artista que aos 47 anos contribui para a formação artística de milhares de jovens e vem chegando de mansinho para encantar a Marquês de Sapucaí. Romero, que há mais de 20 anos mora em Miami é Made in Brazil e a Renascer que é Especial, apresenta seu carnaval: O ARTISTA DAS CORES DA O TOM DA FOLIA.

(Edson Pereira e Anderson Ferreira)

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