Há cem anos nascia o jornalista, diplomata, dramaturgo, poeta e compositor Vinícius de Moraes. O Poetinha, apelido dado por Tom Jobim, seu principal parceiro musical, tocava a alma com suas verdadeiras e sábias palavras, palavras conquistadoras. Vinícius não era um conquistador barato, era um Don Juan... Sem delongas, sabia o que dizer e conquistar!
Não estou aqui para contar a biografia* de Vinícius de Moraes, mas para dizer que lamento as novas gerações desconhecerem a obra do grande mestre. Lamentável saber que em seu centenário, a mídia enaltece grandes lixos da indústria fonográfica, abre espaço para tanta gente “nadamente” genial. Vinícius, se todos fossem iguais a você...
Uma confissão devo fazer... Como gostaria de ter sido vizinho de Vinícius para admirar e testemunhar in loco a criação do movimento mais fascinante da música mundial, ouvir os primeiros acordes das canções marcantes e poéticas da Bossa Nova. Partilho dos mesmos vícios do poetinha para tentar um fiapo de sua genialidade... Cigarro e uísque, este último diluído em bastante água, mas nada acontece fora da normalidade ou da minha anormalidade.
Tenho e trago como conselho um trecho de “Samba de Benção”, musicada por Baden Powell, onde Vinícius diz: “Cuidado! A vida é pra valer. E não se engane não, tem uma só. Duas mesmo que é bom, ninguém vai me dizer que tem sem provar muito bem provado, com certidão passada em cartório do céu, e assinada embaixo: Deus! E com firma reconhecida. A vida não é de brincadeira, amigo”.
* Descubra quem foi Vinícius de Moraes.
Foto: Acervo Vinícius de Moraes
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