segunda-feira, 12 de abril de 2010

Essa é a nossa “justiça”. Arruda nem para simpatia!


A Justiça brasileira mais uma vez provou a sua capacidade de fazer “justiça” libertando no final da tarde desta segunda-feira (12) o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que estava preso na Superintendência da Polícia Federal desde o dia 11 de fevereiro. Os ministros do Superior Tribunal de Justiça decidiram por oito votos à cinco dar a liberdade ao ex-governador. Além da soltura do ex-DEMO, a medida também deverá beneficiar outras cinco pessoas envolvidas no mensalão do DEM de Brasília. E sabe onde eles estavam presos? Na Papuda. Nome bem sugestivo para um presídio. O presídio dos mentirosos! Já que, segundo a gíria popular, quem mente é tido como papudo.
Um dos advogados do ex-governador, Nélio Machado, disse que Arruda estava preso em uma masmorra. Caso o advogado não saiba, masmorras eram usadas na Idade Média para deixar prisioneiros trancafiados por um longo período. Além disso, ficavam no subterrâneo, o que tirava o “direito” de se tomar um banho de sol. O que contraria a situação que o ex-DEMO ficou. Numa cela especial dentro da Polícia Federal por dois meses e um dia. Mas o advogado não admitia ter seu cliente preso numa saleta de 10 metros quadrados. E as pessoas que mesmo tendo liberdade perderam seus barracos diante da triste tragédia de Niterói? Sem falar das vítimas fatais! Para onde elas irão enquanto o nobre governador seguirá para sua mansão no Park Way?
A defesa de Arruda durante esses dois meses também alegou problemas de saúde. Ser cara de pau é ser doente? Desviar dinheiro público, pagar propina e outras coisas do mesmo baixo nível ético e moral também não são doenças! Cleptomania sim! Mas um cleptomaníaco pega coisas pequenas, sem valor real. Às vezes coisas que tenham um valor sentimental. Uma caneta, não necessariamente Mont Blanc. Um chaveiro, nem sempre de ouro. E podem até justificar o “furto”. Jamais se aproveitarão de uns panetones. E pelo valor alegado – que não sei quanto totalizou – poderia ser quilos e quilos do pão italiano recheados com gotas de trufa Godiva.
Esta é nossa “justiça”, que diante de um passo positivo regride outros três. Viva a arruda. A erva e não o Arruda, ex-governador! Arruda nem para simpatia!

Foto: Reprodução/Internet

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