Podemos confiar na Justiça? Podemos confiar na Justiça. Começo este artigo com uma pergunta e uma afirmação. Sim, podemos acreditar na justiça ou queremos acreditar que podemos confiar na justiça. Meio perturbador, mas realista. Sempre nos deparamos com casos que geram comoção, ódio e indignação da população em relação a crimes cometidos neste país. A Justiça toma uma atitude correta, mas logo depois em um outro crime resolve tomar o caminho errado. Quer dizer, a cada passo adiante, regride outros dois ou três. No início da semana fomos pegos de surpresa com a soltura do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. No dia seguinte, pela condenação do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, que em 2005 encomendou a morte da missionária norte-americana Dorothy Stang. A freira foi morta com seis tiros no meio da floresta em Anapu, no Pará. No terceiro julgamento, na segunda-feira (12), Bida foi condenado a 30 anos de prisão.
Em contrapartida também temos um enorme erro da Justiça. Posso dizer que um erro mortal. A soltura do pedreiro Adimar Jesus da Silva que cumpria pena por crime sexual e que após um pequeno tempo de liberdade – beneficiado pelo regime de progressão de pena – matou seis adolescentes em Luziânia (GO) que estavam desaparecidos desde dezembro passado. Responda você. Podemos confiar na Justiça?
Foto: Reprodução/Internet
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