sexta-feira, 23 de abril de 2010

A política dos slogans


Oficialmente a disputa por eleitores ainda não começou, mas as brigas entre partidos e candidatos por slogans, sim.
O PT acusa José Serra de copiar “o Brasil pode mais” dos discursos de Lula. Já o PSDB acusa Dilma de usar como título para um artigo da “Veja” um slogan do finado ex-governador de São Paulo, Mário Covas, “Compromisso com o futuro”. Os tucanos também acusam Mercadante e Marta Suplicy por usar “a favor do Brasil”, termo que era empregado pelo partido nos seus comerciais para a televisão.
Slogans não passam de slogans. São frases montadas com palavras de efeito que precisam causar efeitos. Se realmente os slogans servissem para algo, o Brasil não estaria do jeito que está.
Juscelino Kubitschek usou “Cinquenta anos em cinco”. O lema usado por JK passou de slogan e tornou-se realidade, atingindo seu ponto principal: a construção de Brasília que completou 50 anos na última quarta-feira.
O presidente Lula fez e está fazendo um excelente trabalho durante seu governo. Trabalho este que deve ser continuado pelo próximo governo. Se o principal partido da oposição vai fazer – caso Serra se torne presidente – só o tempo poderá dizer. Slogans por slogans prefiro o meu: “o Brasil precisa de mais”. Mais educação, mais saúde, menos corrupção e menos violência.
Nunca antes na história deste país candidatos e partidos brigavam por tão pouco. Sobrou até para a TV Globo que teve de tirar do ar a vinheta em comemoração aos seus 45 anos. Segundo o coordenador da campanha de Dilma na internet, Marcelo Branco, a mensagem seria uma manifestação pró-Serra. Grandes nomes da Globo dizem: “Todos queremos mais. Educação, saúde e, claro, amor e paz. Brasil? Muito mais”. O que ele não sabe ou pelo menos não sabia é que a mensagem institucional estava pronta desde novembro passado. Época em que não havia candidatos ou candidaturas definidas, e que o plural de perfil é perfis, não “perfils”. A TV Globo comemora no próximo dia 26, seus 45 anos de existência. O número coincidentemente bate com a legenda do PSDB e infelizmente num ano eleitoral. Se formos por aí, o que dirão da sexta-feira 13, em agosto? Provavelmente farão piadinhas sem nexo, já que segundo a crença popular, agosto é o mês do desgosto.

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