terça-feira, 1 de dezembro de 2009

1º de Dezembro – Dia Mundial de Luta contra a AIDS


A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Aids, é a doença que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo vírus HIV. A doença é caracterizada por um grupo de sintomas ou sinais que em conjunto provocam, com a destruição dos linfócitos, a inabilidade do sistema de defesa do organismo para se proteger contra microorganismos invasores. Desta forma, a pessoa que contraiu o vírus fica vulnerável a infecções e doenças oportunistas, ou seja, doenças que surgem quando o sistema imunológico está enfraquecido – tuberculose, pneumonia, infecções do sistema nervoso, meningite e alguns tipos de câncer – quando a doença está em fase de progressão.
O vírus tem período de incubação prolongado antes que surjam sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso, além do desaparecimento do sistema imune.
Os primeiros sintomas da Aids geralmente são semelhantes: febre persistente, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, calafrios, ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha que podem demorar bastante tempo para desaparecer, além de manchas na pele.


Contágio

O HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen e secreção vaginal quando há penetração anal e vaginal sem preservativo, sexo oral sem camisinha, transfusão de sangue contaminado, uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa, instrumentos não esterilizados que furam ou cortam, além da gravidez, do parto e da amamentação quando a mãe possui está infectada.
A Aids não é transmitida através do suor e lágrima, beijo na boca ou no rosto, abraço ou aperto de mão, piscina, banheiros, uso comum de copos, talheres, sabonete e lençóis, picada de inseto, doação de sangue e claro sexo com preservativo.

Quanto mais se usa o preservativo, menor é o risco de se contrair o HIV

Segundo um estudo da Universidade de Wisconsin, Estados Unidos, o uso de preservativos em todas as relações sexuais apresenta uma eficácia entre 90 e 95% na prevenção da transmissão do HIV.

Números no Brasil


De acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem uma epidemia concentrada, com taxa de prevalência da infecção pelo HIV de 0,6% na população de 15 a 49 anos. Segundo o Ministério da Saúde, de 1980 a 2007 foram notificados 474.273 casos de Aids no Brasil. Foram identificados 314.294 homens com Aids e 159.793 mulheres.
A incidência da doença no Sul, Sudeste e Centro-Oeste tende à estabilização. Os números de casos são 89.250, 289.074 e 26.757, respectivamente. No Norte e Nordeste do país, a tendência é o crescimento do número de casos, 16.103 e 53.089.
Os dados apontam que, cinco anos depois de diagnosticadas, 90% das pessoas com Aids no Sudeste estavam vivas, no Norte, 78%; no Centro Oeste, 80%; no Nordeste, 81%; e 82%, no Sul.
A análise mostra, ainda, que 20,5% dos indivíduos diagnosticados no Norte haviam morrido em até um ano após a descoberta da doença. No Centro Oeste, o percentual foi de 19,2% e no Nordeste, de 18,3%. No Sudeste, cai para 16,8% e, no Sul, para 13,5%. A média do Brasil foi de 16,1%. Em números absolutos, o Brasil registrou 192.709 mortes por Aids, de 1980 a 2006.

Sobrevida


Há 20 anos ser diagnosticado como portador do vírus da Aids era uma sentença de morte. Hoje a Aids pode ser, e é, considerada como uma doença crônica, quer dizer, não tem cura, mas tem tratamento eficiente. A pessoa infectada pode viver por muitos anos sem apresentar nenhum sinal ou sintoma da doença.


Avanços em pesquisas e tecnologia contribuíram para o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais potentes, juntamente com a experiência dos profissionais ligados à saúde, proporcionam uma sobrevida maior e com qualidade aos portadores do HIV.

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