terça-feira, 31 de março de 2009
Enem pode substituir vestibular, segundo projeto do MEC
Nesta terça-feira (31) o Ministério da Educação (MEC) anunciou uma proposta para que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) substitua o vestibular das 55 universidades federais. Pelo projeto o exame teria 200 questões de múltipla escolha (137 a mais que o Enem) e uma redação e seria aplicado em dois dias. As questões seriam dividias em quatro grupos: Linguagens (Português, Inglês e Espanhol), Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza. Como a maioria das universidades aplica o vestibular duas vezes ao ano, o Enem poderia ser aplicado mais de uma vez ao ano.
De acordo com o ministro da Eduação, Fernando Haddad, o novo formato do Enem permitirá maior mobilidade dos alunos entre as unidades da Federação e poderia servir como uma primeira fase do vestibular, já que as universidades teriam a possibilidade de instituir uma segunda fase do processo seletivo por contra própria.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, disse que o novo sistema será usado para que o estudante possa escolher a universidade que queira estudar dependendo da nota que obtiver na prova, já que apenas 0,04% dos matriculados no primeiro ano do ensino superior têm origem em estado diferente da unidade da federação onde estudam. Segundo o presidente do Inep, o resultado obtido pelo estudante em um exame continuará válido mesmo após a aplicação de outro Enem e a realização de outra prova será para aumentar sua pontuação.
Fernando Haddad disse que o MEC tem condições de implantar a medida ainda este ano e que poderia acabar com a sobreposição de avaliações. “Acabaríamos com o Enade para os ingressantes nas universidades e também o Encceja. A ideia é superar o vestibular tradicional e que as universidades participem também do processo de realização do Enem. Já temos alguns conteúdos que consideramos necessários para serem cobrados, mas a discussão com as universidades será aberta”. De acordo com o ministro, a mudança criará um novo conceito de ensino no país, deixando de favorecer os candidatos de maior poder aquisitivo.
As universidades federais e estaduais têm autonomia para decidir se irão ou não aderir ao novo Enem. A proposta foi enviada na segunda-feira (30) para que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para que possa ser analisada. Amaro Lins, presidente da Andifes, disse que para debater o assunto pretende fazer uma reunião com os reitores, provavelmente na próxima semana.
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