quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PONTO de VISTA

Nesta quarta-feira (28) a Record inaugurou dois novos estúdios no RecNov, o centro de teledramaturgia da emissora. Parabéns a emissora pela conquista, crescimento e pela geração de empregos. O que realmente foi desnecessário foi o discurso cheio de balelas do presidente da Record, Alexandre Raposo. Um discurso cheio de hipocrisias, assuntos como investimento, concorrência, superação, acusação, enfim, coisas que já estamos cheios de ouvir para atacar “a outra” emissora.

Foto: Arquivo


Mais uma vez a emissora atacou a Globo, indiretamente, relacionando-a com a ditadura. Puxou o saco do presidente Lula. E continuou apertando a tecla: a TV de primeira, a caminho da liderança.
O presidente da emissora disse que a história da televisão brasileira é definida em antes e depois da Record. Concordo plenamente com Raposo. Sim, a Record de Paulinho Machado, a emissora dos festivais, das décadas de 60, 70 e meados de 80.
Comparar é preciso. Como dizia o mestre Chacrinha: “Na televisão nada se cria, tudo se copia”. Mas é de extrema importância a criatividade, por mínimo que seja. A Record não tem criatividade na escolha dos nomes. Nomes de programas e plataformas “inspirados” nos da principal concorrente. Concorrente esta que é atacada e acusada, com o único objetivo de ser desestabilizada. O último nome criado foi o “R7”.
Uma empresa séria usa seus veículos para atacar as concorrentes? A Record, por exemplo, ataca frequentemente a Globo e o jornal “Folha de S. Paulo”. Quando os veículos noticiam fatos que relacionam seu fundador com a criminalidade. Lembram quanto tempo a Record perdeu criticando a Globo, quando o “Jornal Nacional” noticiou o indiciamento do bispo Edir Macedo? A Globo não plantou, não criou a notícia. Apenas noticiou o fato com base nos documentos do Ministério Público. O ataque e a resposta duraram quase uma semana. E quem perdeu com isso? Nós, os telespectadores.
Na última semana, a Record, novamente atacou a “Folha”, quando o jornal noticiou o desvio de R$ 800 mil da Pestalozzi. A emissora mais uma vez a relacionou com a ditadura militar. Mas não disse, em momento algum, que na época a lei vigorante era a do manda quem pode, obedece quem tem juízo. Os caras – militares – tinham agentes infiltrados em todo o lugar. Não estou defendendo a atitude de ninguém, muito menos dos milicos que deixaram marcas negras na história deste país.

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