Natal chega mais cedo em Brasília

É muito engraçado, e triste, tudo o que acontece em Brasília. Quando Mahmoud Ahmadinejad veio ao Brasil, alguns deputados fizeram um escarcéu na capital federal. Esticaram faixas nos tenebrosos e obscuros corredores do Congresso Nacional como forma de protesto. Até aí tudo bem como diz o enredo campeão da Imperatriz Leopoldinense – Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós – de 1989. Mas quando pisam no calo de algum nobre engravatado “representante do povo” sai de baixo. O povo estava distribuindo panetones no Congresso e os seguranças confiscaram os pães natalinos. Aí eu pergunto: Para onde foram levados os panetones?
Na minha opinião, para a sala do cafezinho. Seria a mesma sala onde o exclusivo serviço de se servir cafezinho custava R$ 2 mil mensais? Quanto será o final da conta somando o cafezinho e o panetone já fatiado? Generosas fatias. Fatias doces para os legionários de Arruda, amargas e indigestas para nós pobres mortais eleitores. Até o mês passado tudo se acabava em pizza, mas nesta época do ano é a vez do panetone, do abono, do 13º salário e outras cositas más... Afinal é o período do Natal. E parece que o Natal chegou mais cedo em Brasília. Teve gente até colocando o sapatinho, quer dizer, a meia para receber um presentinho. E que presentinho! Algumas crianças colocam os sapatinhos na janela do quintal para ganhar uma bola. O tal fulano colocou as meias e “ganhou”... Uma verdadeira bolada. Que Papai Noel mais generoso este hein! É o final do ano, então use arruda contra o mau olhado. Mas não é só na virada do ano? Entendi, neste caso é Arruda contra o olho da população e contra o olho da opinião pública. Outra coisa muito comovente é a união, a coragem e a parceria interpartidária. Quando uma bomba estoura, ou melhor, quando um panetone explode todos se afastam. Natal solitário? Sei não!
Chega de blá blá blás... Arruda me dá meu panetone!!! Arrudaaa cadê o panetone? Me dá meu panetone... Lembram do Pedro do chipe? Agora é a hora e a vez do panetone do Arruda.