Como todos vimos, ouvimos e assistimos a reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro conseguiu se apossar – como de direito – de uma das casas de shows mais importantes do Brasil e a mais importante do Rio de Janeiro, o Canecão, ou melhor, o seu terreno de 36 mil metros quadrados. A briga na Justiça se estendeu por longos 39 anos entre os donos da casa de espetáculos e a UFRJ. Durante esses anos cantores de grande peso e importância na história da antiga e atual Música Popular Brasileira passaram por lá, além de estrelas da música internacional. Maysa, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Roberto Carlos, Toquinho, Elza Soares, Chico Buarque, Jorge Vercillo, Rita Lee, Caetano Veloso, Marcelo D2, Alcione, Ney Matogrosso, Edu Lobo, Maria Bethânia, Gal Costa, Marisa Monte, Paulinho da Viola, Zélia Duncan, Skank, Martinho da Vila, Fafá de Belém, Djavan, Tony Bennett, Billy Paul, Dione Warwick, Julio Iglesias e muitos outros.
Fomos tomados pela surpresa e ao mesmo tempo pela tristeza e consternação de ver suas portas lacradas. Lacradas pela Polícia Federal como se fosse um lugar onde o crime do colarinho branco impera. A reitoria da universidade disse que quer transformar o Canecão num Centro Cultural. Mas o Canecão sempre foi um palco cultural, um palco que revelou inúmeros nomes da MPB. Se isso não é cultura, o que será? E o que é cultura para os senhores que tomaram tal atitude vil e covarde? Não seria melhor, ou menos pior, mudar a administração? Ou nem isso. Ideal seria dividir os lucros entre os atuais administradores do Canecão e à UFRJ. Não sujaria a imagem de absolutamente ninguém. E o Canecão não se transformaria num elefante branco sem uso e sem acréscimo na história do Rio de Janeiro. Botafogo continuará o mesmo. Já sua vida noturna, especificamente na Venceslau Brás - 215, jamais a mesma. É fecharam o Canecão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário