O Congresso Nacional recebeu nesta quinta-feira um projeto de lei do presidente Lula que prevê o pagamento mensal de até R$ 3,4 mil e um “prêmio” de R$ 100 mil a jogadores de futebol – titulares e reservas – que participaram das Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970. Vale ressaltar que o prêmio será isento da Declaração de Imposto de Renda.
Pelé e Zagallo incluem-se na lista do “Bolsa-Futebol”? Acho que não, já que pelo projeto o auxílio será um complemento à renda do ex-jogador até que seja atingido o teto – de R$ 3.416,54 – da aposentadoria da Previdência Social. Dizem que o Tesouro Nacional pagará a conta em conjunto com os Ministérios do Esporte e da Previdência Social.
Se o Lula pode dar esse auxílio aos jogadores de futebol, porque não dá o reajuste aos servidores que realmente trabalham e movem à economia deste país. Sou absolutamente contra grevistas. Contra qualquer movimento trabalhista que prejudique o cidadão. Principalmente os motoristas do transporte público que paralisam suas funções e causam um verdadeiro caos na vida do trabalhador que depois de um dia intenso e cansativo no exercício de sua função quer chegar em casa, tomar um banho, jantar e ficar junto de sua família. O que não acontece quando os baderneiros organizam um levante. Neste momento, em função do projeto “Bolsa-Futebol”, estou a favor dos grevistas.
Até hoje concordava com o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, que acusa os grevistas de se aproveitarem do ano eleitoral para tirar um pouquinho mais do governo.
Se o presidente da República quer oferecer esta bilionária ajuda aos veteranos do futebol, é porque que o cofre está cheio. E se está sobrando, porque não reajustar o mísero salário de alguns servidores públicos?
Seria este um dos projetos de maior prioridade que, segundo o líder governista no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), deverá ser votado antes do projeto da ficha limpa, possibilitando a candidatura dos fichas sujas?
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