quarta-feira, 12 de maio de 2010

Quarta-feira de protestos e paralisações


Nesta quarta-feira o país foi tomado por grevistas mais uma vez. No Rio de Janeiro funcionários do Ibama fecharam os acessos ao Cristo Redentor, ao Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional do Itatiaia, Serra dos Órgãos e Parque Nacional da Bocaina. A visitação aos locais foi “proibida” pelos servidores públicos que pedem a reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente, além do aumento de salário para os que trabalham nos locais de difícil acesso.
Em Minas, os professores estaduais também se amotinam – desde 8 de abril – para reivindicar aumento salarial e diminuição das restrições para férias. O Tribunal de Justiça do estado considera ilegal a paralisação e determinou que os “trabalhadores” voltem às suas funções. Uma assembleia foi realizada ontem mantendo à greve e uma reunião com representantes do governo mineiro foi marcada para o dia 18 de maio. E como fica os estudantes até lá?
Também iniciaram uma greve, depois de assembleia nesta terça-feira, funcionários da Unicamp. A categoria reclama do ajuste de 6,57%, concedido pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas. Docentes e servidores da USP também estão insatisfeitos com o valor e mantém a paralisação, iniciada no dia 5 de maio.
Em Brasília, trabalhadores rurais, do Movimento Grito da Terra, cobram do governo às reivindicações ao combate do trabalho escravo. Em São Luis do Purunã, no Paraná, trabalhadores que também participam do movimento invadiram a praça do pedágio da BR-277 e as cancelas foram abertas. Carros, motos, caminhões passam e não pagam a taxa. Quem vai assumir o prejuízo?
No país todo, entre 50 mil e 60 mil servidores públicos estão parados, e o número pode aumentar com a adesão à paralisação de policiais federais e servidores do Judiciário. Concordo com ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, que acusa os grevistas de se aproveitarem do ano eleitoral para tirar um pouquinho mais do governo.
E quando os baderneiros de plantão do MNC – Movimento dos Não Convocados pelo Dunga – vão organizar o levante para protestar a não escalação de Neymar e Ganso?

Foto: Arquivo

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