As pessoas precisam saber – deveriam – que a política não é brincadeira, muito menos um emprego. Ser político é representar o povo, suas necessidades, e tentar ao máximo buscar soluções para este país. O que estes “famosos” vão fazer por nós – por mim não, jamais terão meu voto – em Brasília ou em seus distritos eleitorais? Eles estão preparados para tamanha responsabilidade? Acho que não! Será que eles foram aceitos como candidatos para preencher legendas?
O projeto Ficha-Limpa teve seu texto principal – que impede a candidatura de pessoas condenadas em 2ª instância ou por um colegiado de juízes – aprovado pela Câmara dos Deputados na terça-feira. Os deputados pretendem votar destaques que podem mudar a proposta, e para que a lei possa vigorar já na próxima eleição ela precisa ser aprovada pelo Senado e sancionada pelo presidente Lula até o dia 3 de julho. Se não houver enrolação, muitos candidatos se tornarão inelegíveis. Aprovada ou não, daria no mesmo, já que os brasileiros – grande parte da população tem a memória fraca – um exemplo disso é que um ex-presidente (sofreu impeachment) foi eleito em 2006, deputado federal pelo Alagoas. Agora este mesmo político, se candidatará ao governo daquele estado. Teremos surpresas? Talvez não! Quem sabe ele não se candidata em 2014 à Presidência da República.
Voltando ao famosos candidatos: Romário, Mulher Melão, Kleber Bam Bam, Netinho de Paula, Gretchen, Edmundo e alguns outros. O que estas pessoas farão por nós, caso eleitas? A maioria tem ou teve problemas na vida pessoal. Problemas todos têm. Isso é normal. Mas o que chama a atenção é a exposição que eles causam. Agressão, direção perigosa, prisão por falta do pagamento da pensão, enfim. São coisas que desqualificam um representante do povo que tem que possuir responsabilidade. Depois não adianta reclamar não!
O jeito é esperar e ver no que esta brincadeirinha vai dar. Votem com consciência, não se deixem levar por fulano, ciclano ou beltrano “famoso”. Votem com responsabilidade e jamais anulem seu voto. Esse é um direito seu, meu, nosso. Depois não adianta reclamar porque o parlamentar foi pego com dinheiro na cueca, ou possui um castelo em Minas Gerais.
Muitos se indignaram quando o senador Suplicy (PT-SP) cantou “Father and Son”, de Cat Stevens, em homenagem ao Dia dos Pais no fim de uma sessão parlamentar. O que dirão se um dia cantarem a música da múmia ou dançar “La Conga” no meio de uma sessão?
Em tempo:
José Serra, pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, disse em Belo Horizonte nesta quinta-feira (6), durante um debate do 27º Congresso Mineiro de Municípios, que se eleito, quer a participação do PT e do PV no seu governo. “O Brasil vai precisar estar junto nos próximos anos. Hoje e ontem a oposição sempre tem um comportamento que empurra o governo para um lado que não devia”, disse o tucano.
Todos nós sabemos que situação e oposição precisão existir num país democrático. Mas a relação PSDB-PT não é e nunca foi da mais amistosa. Ou o Serra está querendo mudar isso, ou quer o auxílio do PT na administração da Casa Civil, ou é mais uma promessa de campanha. Acredito mais na terceira hipótese. Pronto falei!
Foto: Reprodução/Internet
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