Aprovado na Câmara referendo permitirá que Álvaro Uribe dispute por terceiro mandato presidencial em 2010
Foto: Arquivo
A Câmara dos Representantes da Colômbia aprovou nesta quarta-feira (2) a convocação de um referendo para permitir a candidatura do chefe de Estado pela terceira vez, modificando assim a Constituição do país.
A base governista conseguiu 85 votos favoráveis a iniciativa que precisa passar pela Corte Constitucional que deverá decidir se o trâmite não teve vícios de forma ou conteúdo. O presidente da Câmara, Edgar Gómez, permitiu a intervenção de 16 congressistas contrários ao referendo. Antes da votação um debate de 12 horas foi marcado por denúncias dos dois principais partidos da oposição, o Liberal e o Polo Democrático, que acusam o presidente Álvaro Uribe de realizar manobras ilegais para permanecer no cargo.
Em 2006 o presidente colombiano conseguiu que o Congresso modificasse a Constituição para concorrer à reeleição. A votação ainda é investigada. Uma congressista disse que recebeu suborno para apoiar a decisão.
A convocação para o referendo começou em 2008 com a coleta de cerca de cinco milhões de assinaturas realizada por um dos seis partidos aliados ao governo, o Partido de la U, o que gerou várias denúncias de irregularidade. A oposição acusa Uribe de estratégias econômicas para beneficiar as grandes capitais e de violar os direitos humanos para conseguir êxito militar.
O presidente disse que tem intenções de fazer tudo que estiver ao seu alcance para prosseguir com suas políticas.
Em julho uma pesquisa realizada pelo instituto Gallup mostrou que 60% da população colombiana está disposta a votar no referendo e que 76% votariam em Álvaro Uribe.
Aprovado na Câmara, o referendo, permitirá que o presidente dispute a eleição de 2010.
Após a votação no Congresso, Uribe se manteve em silêncio.
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