quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quero uma vaga no Senado

Na quarta-feira (23) a “Folha de S. Paulo” publicou uma conversa telefônica, interceptada pela Polícia Federal, onde Fernando Sarney, filho de José (PMDB-AP), afirma: “Boto quem eu quiser”. Fernando se referia ao gabinete do senador maranhense Epitácio Cafeteira (PTB).
Dito e feito. João Fernando Sarney e sua mãe, Rosângela Gonçalves, foram nomeados. Ato secreto? Sei lá. O João é filho de Fernando. Coincidências ou tramóias? Tudo indica que... Cala-te boca. Os maranhenses são poderosos. Poderosíssimos por sinal. Um exemplo é que Sarney, do Maranhão, foi eleito pelo Amapá. Quem tem, tem. Quem não tem, se f#*#*.
Oh Fernando! Arruma uma vaguinha no Senado! Engraxo sapato no plenário. Sirvo até cafezinho. Por R$ 2 mil. Apesar que na Casa já tem uma cafeteira. Ou melhor. Um Cafeteira. Deve servir um café amarrrrgo. É isso aí! Né não?
O mais engraçado é que a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) disse: “Os processos foram arquivados sem investigação e é claro que isso dá margem para que essas denúncias sejam remoídas até se chegar ao ponto de reabrirmos tudo de novo”. Há, há, há. Rio para não chorar.
Conselho de Ética? Onde? Talvez, as denúncias sejam investigadas se o Paulo Duque (PMDB-RJ) sair da presidência do colegiado. Ele já arquivou ONZE denúncias contra o Sarney.
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) afirmou: “Se no Conselho de Ética não é possível julgar o presidente do Senado, vamos buscar meios de chamar a atenção da opinião pública”.
Opinião pública pra quê? Ela já caiu matando nas denúncias anteriores e acabou tudo em pizza. O único jeito é trocar a presidência do Conselho. O nobre suplente Duque já tá velhinho, esquecidinho. Coitadinho! Será que agora que o Senado quer a equiparação dos salários de seus membros com os ministros do Supremo, o presidente do Conselho de Ética vai se lembrar e levar em consideração a opinião dos jornais e da mídia. Jornais e mídia? Sim. Segundo Duque, as denúncias contra Sarney foram baseadas em matérias publicadas em jornais e não deveriam ser levadas em consideração. Daí o arquivamento das ONZE representações.

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