Foto: Arquivo
A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o banqueiro Daniel Dantas, sua irmã, Verônica, o presidente do banco, Dório Ferman e outras 11 pessoas, ligadas ao Grupo Opportunity.
A decisão que foi tomada, na quinta-feira (16), pelo juiz federal, Fausto De Sanctis, foi divulgada pela Procuradoria da República em São Paulo nesta segunda-feira (20).
Os réus foram acusados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e temerária, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O advogado do Opportunity, Andrei Schmidt, em nota em disse: “Os meus clientes ainda não foram citados do recebimento da denúncia. Independentemente disso, negamos veementemente as imputações recebidas pelo juízo. Os fatos narrados ou não constituem crime, ou estão baseados em provas fraudadas no âmbito da Operação Satiagraha”. Após a notificação, os acusados te, dez dias para apresentar suas defesas.
O banqueiro será processado por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas.
A nova acusação investiga o período em que a Brasil Telecom foi administrada pelo Grupo Opportunity e envolve dois contratos de publicidade suspeitos no valor de R$ 5º milhões com empresas de Marcos Valério, o chefe do “Mensalão”. O esquema de mesadas está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal.
A Justiça Federal condenou o banqueiro, em dezembro passado, a dez anos de prisão, além do pagamento de multa de R$ 12 milhões por corrupção ativa na tentativa de subornar um delegado da Polícia Federal durante a Operação Satiagraha.
A abertura de três investigações foram autorizadas pela Justiça. Uma para investigar pessoas suspeitas na operação como o advogado e ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh por suas relações com Dantas e o dono da agropecuária do grupo Opportunity, Carlos Rodenburg. O segundo inquérito vai apurar se houve irregularidades na compra da Brasil Telecom pela Oi. O outro inquérito vai investigar se investidores do Opportunity Fund cometeram crime de evasão de divisas ao ocultar recursos no exterior sem declarar ao sistema financeiro nacional.
A assessoria de Greenhalgh disse que advogou para Daniel Dantas na negociação para venda das suas ações da Brasil Telecom e no estrito exercício profissional da advocacia.
Dizem que a Justiça no Brasil é cega. Para mim é cega, surda e muda quando convém. O que adianta a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público se em dezembro passado o banqueiro foi condenado a dez anos de prisão e ao pagamento da multa, mas recorre da decisão em liberdade. Esta é a Justiça do Brasil. Um dos países do Bric. Lembram do outro banqueiro? Salvatore Cacciola! Condenado, fugiu para a Itália e depois foi pra Mônaco. Uma fuga de quase três anos.
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