Foto: Arquivo
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (16) o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que o vírus Influenza A (H1N1) já circula de forma constante e ininterrupta no Brasil. O país é o oitavo que confirma a transmissão sustentada.
“Pela primeira vez, através de uma análise epidemiológica, tivemos um caso em que não foi possível encontrar vínculo. Embora o estudo epidemiológico não esteja pronto, há evidências de que o vírus esteja circulando no Rio Grande do Sul. Esse era um fenômeno esperado de transmissão, especialmente no vírus influenza”, disse o ministro.
Segundo Temporão, além dos casos de pessoas que se infectaram fora do país e transmitiram o vírus para outras pessoas com quem convivem, há outras confirmações sem vínculos com esses grupos.
“Não há nenhum motivo para pânico, nenhum motivo para mudar radicalmente o comportamento das pessoas”, disse o ministro.
Até quarta-feira (16) o número de casos confirmados da doença no Brasil era de 1.175 com 11 mortes. Hoje a Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou que morte de uma criança de 11 anos no último dia 30 foi em decorrência da transmissão sustentada da nova gripe.
O ministro disse que a recomendação para que pessoas não viajem para os países com transmissão sustentada continua e que não há sentido para a suspensão de viagens para São Paulo e Rio Grande do Sul.
Na próxima semana, o Ministério da Saúde recebe 50 mil novas doses do Oseltamivir, medicamento para combater a doença. De acordo com Temporão há doses suficientes do medicamento em estoque.
“Todas as ações que o Brasil tem tomado são baseadas em recomendações da OMS e em evidencias científicas”, disse o ministro.
José Gomes Temporão disse que uma equipe do ministério está seguindo para o Rio Grande do Sul. Mais de mil tratamentos estão sendo enviados para o estado que inspira mais cuidados.
O ministro ressaltou que quem tiver os sintomas de gripe deve procurar um posto de saúde ou seu médico de confiança, e não os centros de referência da nova gripe. E que todos as pessoas de qualquer idade, com doença respiratória aguda caracterizada por febre elevada, acompanhada de tosse ou dor de garganta e falta de ar ou vários sinais e sintomas descritos no protocolo do Ministério serão tratadas.
Os centros de referências receberão 160 kits compostos por um monitor e um respirador para reforçar a rede de atendimento.
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