Foto: Arquivo
O PT voltou a apoiar a permanência de José Sarney na presidência do Senado, devido suas ameaças de renúncia. Foi o que disse nesta quarta-feira (1) o líder do PT na Casa, senador Aloizio Mercadante (SP).
“O presidente disse que não quer ser um obstáculo ao Senado. A crise no Senado não pode ser debitada na conta de Sarney”, disse o senador petista após uma reunião na residência oficial do presidente do Senado. Estiveram presentes na casa de Sarney 10 senadores petistas, quase todos. Os parlamentares Flávio Arns e Tião Viana não participaram da reunião.
Durante o encontro Sarney disse que parte das críticas que recebeu não são válidas e aceitou propostas do PT em relação a criação de um colégio de líderes para apurar as denuncias que envolvem o Senado.
Sarney poderia renunciar, mas não descartava se afastar da Casa de forma provisória, segundo o Mercadante. “Há duas hipóteses neste momento que eu consideraria: a renúncia do presidente Sarney do cargo, mas esta não é a solução, ou a permanência dele. O afastamento temporário não deve prosperar”.
O senador petista negou que a bancada do partido teria sido pressionada por Sarney para mudar de posição e afirmou que a bancada do PT irá se reunir com o presidente Lula para discutir a crise do Senado nesta quinta-feira (2).
Pressão para saída de Sarney da presidência cresce
O PSDB, DEM, PDT e PSOL pediram nesta terça-feira (30) para Sarney se afaste da presidência do Senado. No dia anterior o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio, protocolou uma representação contra Sarney por quebra de decoro. A medida foi seguida pelo PSOL.
Na Líbia o presidente Lula, que participou da cerimônia de abertura da Cúpula da União Africana, em Sirte, nesta quarta-feira (1) disse: “É importante para o DEM e PSDB, que querem que ele se afaste para o Marconi Perillo [senador (PSDB-GO) e primeiro vice-presidente do Senado] assumir, o que não é nenhuma vantagem para ninguém. A única vantagem é para o Marconi Perillo e para o PSDB, ou seja, que quer ganhar o Senado no tapetão. Assim não é possível. Isso não faz parte do jogo democrático”.
Lula chegou ao Brasil na noite desta quarta-feira.
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