quarta-feira, 8 de julho de 2009
O conto de fadas continua...
O Conselho de “Ética” da Câmara decidiu nesta quarta-feira (8) rejeitar a proposta de suspender alguns benefícios do deputado, sem partido, Edmar Moreira, o do castelo. Entre as penas, a mais dura seria a suspensão, por 120 dias, de seus discursos no plenário. Coisa mínima para um deputado. Outra pena seria o impedimento das publicações de seus discursos no Diário Oficial da Câmara. Sua participação nos cargos da mesa diretora, presidência e vice-presidência nas comissões, também estaria vedada.
O engraçado é que o nobre deputado do castelo já não ocupava cargos tão importantes e nem tinha projetos do tipo. Mesmo que o conselho acatasse a proposta Moreira não sofreria nenhuma punição séria. Talvez fossem necessárias punições mais duras como sua cassação, proibição do recebimento da verba indenizatória. Enfim, tudo que um parlamentar não deseja.
Um dos parlamentares que absteve na votação de hoje foi o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), relator inicial do processo que pedia a cassação, que durante a sessão disse: “Que diferença vai fazer quatro meses de suspensão das prerrogativas parlamentares e nada? Nenhuma. O Conselho de Ética perde pontos hoje”.
Moreira foi acusado por quebra de decoro parlamentar e por usar de forma indevida a verba indenizatória.
Verba indenizatória? O deputado apresentou notas fiscais de uma empresa de segurança, cujo é proprietário, para receber um ressarcimento de R$ 140 mil referente aos gastos com segurança. De acordo com a Corregedoria, não foram encontradas provas de que o serviço foi prestado.
Na quarta-feira (1) ele foi absolvido por 9 votos contra 4. Tudo para ser um maravilhoso conto de fadas de Walt Disney, se não fosse o fato dos vilões ficarem felizes no final.
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