domingo, 15 de novembro de 2009

PONTO DE VISTA


Sem novidades e fundamentos a Record respondeu à TV Globo que noticiou pelo “Jornal Nacional”, o telejornal mais visto no país, a participação de promotores norte-americanos na investigação contra Edir Macedo e outros fundadores da Igreja Universal do Reino de Deus.
No “Domingo Espetacular” a Record se pronunciou fazendo referências de que a Globo teria noticiado o fato para tentar prejudicar a estreia de “A Fazenda 2”, além de citar a inauguração de novos estúdios do Recnov que contou com a participação do presidente Lula – o presidente também esteve presente na inauguração da nova sede da RedeTV! em Osasco – e a estreia do portal “R7”.
Comparações desnecessárias e sem relação alguma, já que a TV Globo não inventou a notícia e em nenhum momento citou o reality show rural e o portal de notícias. A TV Globo, na matéria realizada por César Tralli exibida no dia 12, citou a Rede Record como uma das beneficiadas pela fraude, não citou nome de familiares de Edir Macedo, de funcionários da Record, ou programas da emissora. A Record por sua vez citou os nomes dos filhos de Roberto Marinho. Uma resposta sem nenhuma explicação, defesa, e ética. A emissora de Macedo atacou mais uma vez a Globo e não mostrou nenhuma prova da inocência de seu fundador. Quer dizer a resposta serviu mais uma vez para a Record se mostrar incomodada com o fato de a Rede Globo se manter na liderança de audiência e qualidade.
Outro ponto abordado na reposta foi a comédia em cima das religiões. Na sexta-feira “Ó Paí Ó” mostrou o pastor Moisés “Queixão” (Mateus Nachtergaele) colhendo o dízimo e prometendo mundos e fundos. Mostrou apenas a realidade com um toque de humor. A matéria também mostrou o fanatismo religioso retratado em “Duas Caras”. O fanatismo existe é ridículo. Mais uma vez a realidade foi retratada da televisão. A matéria serviu para a Record acusar a Globo de preconceituosa. Uma emissora preconceituosa “perderia” seu dinheiro produzindo uma série sobre a diversidade religiosa? Pois é a Globo exibiu no início de outubro a série “Sagrado”. O “Jornal Nacional” também exibiu uma semana de matérias especiais sobre os trabalhos sociais das igrejas, evangélicas inclusive.
Este foi o meu ponto de vista sobre a matéria da Record. Não estou defendendo a TV Globo, mas acho que a Record deveria usar seu precioso tempo – e na TV tempo é dinheiro – para tentar provar a “inocência” de Edir Macedo. As provas estão lá. As acusações foram feitas por promotores brasileiros e americanos e não inventada pela Globo. Bastidores da televisão, construção de novos estúdios, estreias de novos programas, investimento nisso e naquilo, perca ou ganho de audiência não vão provar a inocência do bispo e sim mostrar uma possível e visível enrolação.

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