Expedito Júnior (PSDB-RO) é acusado de comprar votos durante as eleições de 2006. Foto: Arquivo
Nesta terça-feira (3) a Mesa Diretora do Senado decidiu encaminhar recurso do senador cassado Expedito Júnior (PSDB-RO) à Comissão de Constituição e Justiça contra a posse do segundo colocado nas eleições Acir Gurgacz (PDT-RO), que deveria assumir o cargo já que os suplentes do peemedebista também foram cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho.
Segundo a assessoria da Presidência do Senado, a posse do pedetista estava marcada para ás 17h desta terça-feira e foi suspensa até a análise do recurso.
A favor do recurso, votaram os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PSC-PI), Adelmir Santana(DEM-DF), César Borges (PR-BA) e Cícero Lucena (PSDB-PB). O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), votou contra a análise. Houve ainda a abstenção da petista Serys Slhessarenko (MT). Segundo Sarney, no entendimento dos membros da Mesa Diretora, será necessário analisar primeiro o recurso de Expedito Júnior na CCJ, para que ele possa ter tempo de se defender, e só então dar posse ao segundo colocado.
Acusação
Segundo a acusação, funcionários de uma empresa pertencente ao irmão de Expedito Júnior foram orientados a votarem na coligação do então candidato e a conseguirem votos de familiares e amigos em troca do pagamento de R$ 100. Os valores foram depositados nas contas dos funcionários no dia 29 de setembro de 2006. Dois dias antes das eleições.
Cassação
Em junho passado o Tribunal Superior Eleitoral determinou a cassação do mandato do senador. Na última quinta-feira (29) o Supremo Tribunal Federal determinou o afastamento de Expedito Júnior.
Em nota, o senador, disse que respeitava a decisão do STF, mas afirmou que não havia tido direito a ampla defesa.
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