Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Pará decidiram por unanimidade anular o julgamento que absolveu o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de mandar matar, em fevereiro de 2005, a missionária norte-americana Dorothy Stang na cidade de Anapú. Segundo os desembargadores, a defesa do fazendeiro exibiu um vídeo com um depoimento onde outro participante do crime o inocentava. Uma prova ilegal, já que ela foi incluída nos autos sem o conhecimento do juiz e do Ministério Público.
Os desembargadores anularam também o julgamento de Rayfran das Neves, que confessou ter matado a freira e foi condenado a 27 anos de prisão. Para os desembargadores, os jurados não levaram em consideração a promessa de recompensa, já que na época do julgamento acreditaram que a Promotoria não tinha provas de que Rayfran havia recebido o dinheiro pelo assassinato da missionária e que sua pena poderia ser maior.
A Justiça determinou a prisão de Bida até o novo julgamento, ainda sem data marcada. A defesa do fazendeiro informou que vai pedir habeas corpus e recorrer da anulação do julgamento.
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