quinta-feira, 30 de abril de 2009

Mudanças na poupança: Lula diz que população não será prejudicada

Lula durante a cerimônia de entrega do crachá do trabalhador número 30 mil no Complexo Siderúrgico da ThyssenKrupp.
Foto:
Ricardo Stuckert / Presidência

Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (30), após cerimônia no Complexo Siderúrgico da ThyssenKrupp CSA, o presidente Lula afirmou que as mudanças na poupança não serão prejudiciais a população.
“O povo brasileiro me conhece, sabe do meu comportamento e das minhas atitudes. E sabem que eu jamais tomaria qualquer medida que prejudicasse as pessoas que investem em poupança. Na verdade, a poupança é a garantia da não-desvalorização do dinheiro... Fico muito preocupado quando as pessoas começam a brincar com a economia. Teve um partido político que teve uma atitude insana, uma atitude mentirosa, uma atitude de irresponsabilidade total de dizer que o governo brasileiro iria mexer na poupança”.
O comentário do presidente foi uma resposta à propaganda do PPS em que o deputado Raul Jungmann diz que o governo vai mexer na poupança como fez o ex-presidente Fernando Collor.
Roberto Freire, presidenta nacional do PPS, rebateu os comentários de Lula. “O Lula, o cara, não poderia estar tão nervoso. Se ele estivesse tratando essa questão da diminuição dos juros, da poupança, da diminuição dos lucros do sistema financeiro. Mas como ele tem política subserviente do interesse dos banqueiros nacionais, ele não consegue ter a tranquilidade de responder a uma crítica... O PPS continuará dizendo que o governo é irresponsável e está atendendo ao lobby do sistema financeiro quando quer pungar a poupança popular brasileira”.
Em relação à redução de um ponto percentual na taxa da Selic, o presidente disse: “Nós até agora trabalhamos com muita responsabilidade. Até agora, deu certo. Não há porque mudar. O Banco Central está trabalhando a Selic com muita responsabilidade”.
Sobre o trabalho para evitar alta da inflação, Lula comentou: “No momento que tiver de cair, vai cair. No momento que tiver de subir, vai subir. O que nós precisamos é não permitir a volta da inflação, porque ela sim, causa muito prejuízo a quem vive de salário”.

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