quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Conselho de Ética: Oposição recorre contra arquivamentos de Sarney


Nesta quinta-feira (27) os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Demóstenes Torres (DEM-GO), Kátia Abreu (DEM-TO), Renato Casagrande (PSB-ES), José Nery (PSOL-PA) e Jefferson Praia (PDT-AM), protocolaram um mandato de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o arquivamento de 11 ações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética.
“Não havia, como não há, razões jurídicas ou fáticas para o arquivamento das representações e das denúncias contra o senador José Sarney. Do mesmo modo não há razão para que a Mesa Diretora não receba de recurso interposto pelos impetrantes”, diz o documento.
O recurso dos senadores é contra a decisão da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), segunda vice-presidente da Casa, que impediu a análise em plenário de cinco representações, do PSDB e PSOL, com o presidente do Senado. Os senadores que assinaram o mandato dizem que a decisão da petista foi antiregimental e unilateral.
Na próxima semana um novo recurso deve ser protocolado, segundo a assessoria do PSOL.

As representações

A representação do PSDB é referente a denúncia de que um neto do presidente Sarney teria usado o nome para intermediar convênios para a operação de crédito consignado no Senado. A outra acusação do partido é sobre os atos secretos e à gravação em que Fernando Sarney, filho do presidente, aparece conversando com a filha sobre a nomeação do namorado. A terceira representação do PSDB trata da Fundação José Sarney sobre as suspeitas que a instituição tenha fraudado um contrato de patrocínio com a Petrobras.
O PSOL culpa Sarney pelos atos não secretos. A segunda representação do partido é sobre a ocultação, por parte do presidente do Senado, bens que não foram declarados à Justiça Eleitoral.

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