“Uma vez determinadas as responsabilidades criminais, requer sejam promovidas as medidas cabíveis para garantir a punição criminal dos responsáveis”, diz o ofício da associação.
Foto: Arquivo

As investigações do acidente – que no dia 31 de maio causou a morte de 228 pessoas, após a queda do Airbus A-330 no Oceano Atlântico – foram delegadas pelo governo brasileiro à França.
Segundo o pai de uma das vítimas da tragédia e diretor da associação, Nelson Faria Marinho, as investigações realizadas até o momento pela França apresentam indícios de que houve falhas em dispositivos de controle da aeronave. No documento enviado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, os familiares das vítimas acrescentam que há indícios de que o projeto do avião possuía falhas que teriam sido ignoradas pela companhia aérea, Air France, e pela Airbus, a fabricante da aeronave.
Buscas por caixas-pretas terminaram há uma semana
O Escritório de Investigações e Análises (BEA) informou na quarta-feira (20) que o governo da França terminou a segunda fase de buscas pelas caixas-pretas do voo 447 da Air France que caiu no Oceano Atlântico no dia 1º de junho. O Airbus que tinha 228 pessoas a bordo, sendo 58 brasileiros, ia do Rio de Janeiro para Paris.
Em nota, a BEA informou “As buscas não permitiram localizar os destroços do avião. Ao longo das próximas semanas, reunirá uma equipe internacional de investigadores e especialistas para analisar os dados recolhidos”.
A primeira fase de buscas pelas caixas-pretas terminou no dia 10 de julho, dez dias após o término do prazo em que garantido que os aparelhos podiam emitir sinais sonoros. As buscas foram feitas em uma área de 17 mil quilômetros quadrados e mais de 3 mil metros de profundidade em relevo acidentado.
A segunda fase de buscas foi iniciada com a embarcação “Pourquoi pas”, o submarino “Nautile” e um robô.
O jornal “La Tribune” publicou no dia 30 de julho uma entrevista em que Thomas Enders, presidente da Airbus, disse que a fabricante de aeronaves estaria disposta a contribuir para a extensão das buscas. Segundo a publicação, no valor entre 12 e 20 milhões de euros.
O diretor-executivo Associação dos Familiares das Vítimas do Voo Air France 447, Maarten Von Slujys, criticou a medida: “Tratou-se de mais uma artimanha, na qual a entidade designada para os trabalhos de investigação beneficia as duas outras partes envolvidas, ou seja, a companhia aérea e a fabricante da aeronave, com a supressão das buscas”.
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