Nesta quarta-feira (19) o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, encaminhou às autoridades da Islândia o pedido de extradição do ex-cirurgião Hosmany Ramos condenado pela Justiça brasileira por homicídio, sequestro, tráfico de drogas e roubo. Considerado foragido no Brasil, Hosmany foi preso na Islândia na quinta-feira (13) por usar o passaporte de seu irmão, já morto.
Tuma enviou junto ao ofício cópia do mandato de prisão e pede para que o ex-cirurgião seja mantido preso para ser extraditado.
O Brasil não tem acordo bilateral com a Islândia e o governo aguarda uma resposta oficial do país. O governo brasileiro irá trabalhar com a possibilidade da reciprocidade para que o ex-cirurgião seja trazido de volta ao país para cumprir a pena que vence em 2029. O prazo da extradição depende somente das autoridades da Islândia e o Brasil pretende colaborar de todas as maneiras para a extradição seja feita o quanto antes.
Na Islândia, Hosmany foi condenado a 30 dias de prisão por tentar entrar no país com passaporte falso, mas por ter confessado o crime a condenação foi reduzida para 15 dias.
Marco Antonio Arantes de Paiva, advogado do ex-cirurgião, disse ao portal “G1” que o cliente estava na Noruega e pretendia ir ao Canadá, mas o voo tinha escala na Islândia. O advogado ainda disse que orientou Hosmany a se apresentar às autoridade brasileiras em 2008, quando foi beneficiado pelo indulto de Natal, mas ele se recusou.
O ex-cirurgião, preso em 1981, foi condenado a 43 anos de prisão e estava preso em Araçatuba, interior de São Paulo. No Natal do ano passado, Hosmany foi beneficiado com a saída temporária e não voltou mais para a prisão.
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