A governadora do RS, Yeda Crusius, é acusada de improbidade administrativa por usar dinheiro de caixa 2 da campanha de 2006 para comprar um imóvel. A governadora nega as acusações
Foto: Arquivo
Nesta sexta-feira (14) o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Ivar Pavan (PT), aceitou o pedido para instalar uma CPI contra a governadora do estado, Yeda Crusius (PSDB), para investigar supostos atos de corrupção.
O requerimento, assinado por 39 parlamentares, será publicado na segunda-feira (17) no Diário da Assembleia Legislativa. As bancadas deverão indicar os nomes que vão compor a comissão em cinco dias. A CPI que funcionará por 120 dias será composta por dois deputados do PT, PMDB, PP e PSDB. O PDT, PTB, DEM e PPS terão um representante. A CPI deverá ser instalada em três dias após a indicação dos nomes dos deputados.
Na semana passada o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul divulgou que impetrou uma ação civil de improbidade administrativa contra Yeda e outras oito pessoas, após a investigação feita pela Operação Rodin de desvios no Detran.
A bancada do PT elaborou, em maio, o requerimento para a criação da CPI após o escândalo que indicou que Yeda teria usado dinheiro de caixa 2 da campanha de 2006 para a compra de um imóvel. A governadora e seu marido, Carlos Crusius, negam a acusação.
O Ministério Público Federal do estado pediu a perda dos cargos da governadora e das outras pessoas citadas na acusação, além da suspensão dos direitos políticos por até dez anos, pagamento de multa e ressarcimento integral do dano, cerca de R$ 44 milhões.
O outro lado
O governo do Rio Grande do Sul divulgou uma nota onde afirma que foi montado um circo político e que a governadora não pode ser chamada de ré sem que tenha sido ajuizada uma ação penal. “No entendimento do Supremo Tribunal Federal nem caberia ajuizamento da ação de improbidade administrativa contra a governadora, agente político que é”.
A nota ainda diz: “A recuperação administrativa e financeira do Rio Grande do Sul é a prova da seriedade, honestidade e probidade com que o Estado é gerido. O anúncio deixou estarrecidos a todos quantos defendem o estado democrático de direito, porque com perversidade, não deram a conhecer os elementos da ação para que os citados publicamente possam se defender”.
Na última quarta-feira o PSDB disse estar perplexo com o que está acontecendo no estado e anunciou que vai entrar com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público contra os procuradores que denunciaram a governadora.
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