O autismo é uma desordem na qual a criança não desenvolve relações sociais normais e se comporta de modo compulsivo, é uma anomalia diferente de uma lesão cerebral e do retardo mental.
Os meninos têm propensão ao autismo quatro vezes maior do que as meninas, e os primeiros sinais surgem a partir do primeiro ano de vida e antes dos três. Em alguns casos os sinais podem aparecer até os 12 anos de idade, trata-se do autismo atípico, a criança que sofre com essa variante apresenta padrões anormais de fala e hiperatismo.
Estudos genéticos mostram que a ocorrência pode ser de 2 a 13,8% em indivíduos da mesma família. De acordo com estudos com famílias o risco pode ser de 2 a 5% entre irmãos.
A criança autista não olha nos olhos, repete certos atos e gestos, prefere ficar isolada, não forma relações sociais, é presa a objetos, começa a falar depois da idade normal, e às vezes, não fala, por não conseguir ou por não querer, e em alguns casos o autista fala em um modo estranho, pode repetir palavras que dizemos e inverter o uso de pronomes, substituindo assim na maioria das vezes, o eu pelo tu, ao se referir a si mesmo, sorri a qualquer momento, não aparenta sentir dores, pode não querer abraços ou se aconchegar a qualquer hora, gira os objetos, atua como se fosse surdo, utiliza gestos ou sinais para os objetos ao invés de palavras, aparenta angústia sem motivo.
O diagnóstico do autismo é realizado através da observação e de testes, já que não existe um exame específico para detectá-lo. Como as crianças autistas não têm um desempenho intelectual normal, tais testes são repetidos por várias vezes, e se saem muito bem em testes que envolvam habilidade motora.
Entre 20% e 40% das crianças autistas apresentam um aumento dos ventrículos cerebrais e começam a ter convulsões antes da adolescência.
Estudos mostram que uma em cada 50 crianças tem autismo nos Estados Unidos, durante décadas essa estimativa era de cinco para cada 10 mil. No Brasil, existem entre 70 mil e 195 mil autistas, levando em consideração a proporção internacional, já que nenhum estudo foi realizado.
A causa do autismo ainda é desconhecida, em alguns casos pode ocorrer devido a dosagem de cromossomos, infecção viral, como no caso da rubéola congênita e a deficiência herdada de uma enzima, fatores emocionais e psicológicos não causam o autismo segundo estudos.
Em relação ao tratamento, terapia ocupacional, psicoterapia e fisioterapia podem ajudar a criança, em alguns casos até a linguagem de sinais, tarefas que necessitam do apoio familiar.
Para maiores informações:
Associação Brasileira de Autismo
Associação de Amigos do Autista
Associação de Amigos do Autista
Foto: Divulgação
* Este artigo foi publicado, originalmente, em setembro de 2009.
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