Foto: Arquivo
Nesta quinta-feira (21) o juiz do 2º Tribunal do Júri de São Paulo, Maurício Fossen, determinou que um novo exame de DNA do sangue encontrado nas roupas e no carro de Alexandre Nardoni a Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella Nardoni, seja feito. O magistrado só não concordou com urgência para a realização dos exames.
O pedido foi feito pelo advogado do casal, Roberto Podval, que alega que o sangue analisado pelos peritos não era do casal. O criminalista disse: “Eles não forneceram o material sanguíneo utilizado como parâmetro de confronto com as amostras colhidas no apartamento e nas roupas ali encontradas”.
O promotor responsável pela acusação, Francisco Cembranelli, disse: “A ideia da defesa é criar uma dúvida sobre os laudos periciais. Eu não esperava que eles ficassem de braços cruzados, vendo a acusação trabalhar”. Segundo o promotor a matéria já havia solicitada em novembro.
A defesa apresentou cópia de declarações do casal, onde eles afirmam que os peritos não retiraram sangue para fazer o exame de DNA. O laudo da perícia constatou a coincidência genética dos materiais examinados, determinando que eles pertenciam à Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. Segundo o laudo, as amostras de sangue da madrasta de Isabela coincidiram com o sangue achado na calça que ela vestia e na cadeira de transporte de criança no carro do casal. As amostras de Alexandre apresentaram características de uma mistura compatível com material biológico proveniente de dois ou mais contribuintes.
De acordo com Fossen, o material para confronto deve permanecer guardado pelos Institutos de Criminalística e Médico-Legal para que no momento oportuno as análises sejam realizadas. O juiz considerou que é preciso cautela antes de lançar uma grave acusação contra os peritos do IC e do IML.
Alexandre Nardoni e Anna Jatobá são acusados de matar a Isabella, de 5 anos, em março do ano passado. O casal que afirma inocência está preso em Tremembé, interior de São Paulo.
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