A saída do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) da relatoria do caso do deputado Edmar Moreira (sem partido) acusado de usar de forma irregular a verba indenizatória foi oficializada nesta quarta-feira (13) pelo deputado José Carlos Araújo (PR-BA), presidente do Conselho de Ética da Câmara.
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“Em decorrência das declarações do relator e dos desdobramentos dos fatos, quase todos os conselheiros demonstraram insatisfação e desconforto e manifestaram pedidos de substituição”, disse o presidente que recebeu o apoio da maioria dos integrantes do Conselho, em referência ao fato de Moraes ter dito na semana passada que se lixava com a opinião pública.
Durante a reunião, a portas fechadas, Sérgio Moraes se defendeu, voltou a atacar a imprensa e fez ataques ao PSOL e ao DEM que pediram sua saída da relatoria.
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O deputado do PSOL-RJ, Chico Alencar, que fez o outro pedido para o afastamento de Moraes, disse: “A nossa leitura é que relator no processo no Conselho de Ética é como juiz de futebol, quanto menos aparecer na partida melhor”.
Sérgio Moraes recebeu o apoio do líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), que o defendeu: “Não podemos ficar aqui patrulhando o que cada colega vai falar. Aqui são 513 instituições. Já vi gente subir na tribuna dizendo em plenário que ia dar em jornalista com cinto. Está errado, mas eu respeito a opinião. Aqui é a casa das opiniões divergentes. Temos que receber todas, justas ou injustas, e colocar em voto. Não se pode trocar o relator porque não se está de acordo”.
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A deputada Solange Amaral (DEM-RJ), autora de um dos pedidos, disse: “Não se trata de qualquer questão pessoal, mas o papel do relator requer uma imparcialidade, um distanciamento necessário para produzir o relatório”.
Destituição do Conselho
O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo, disse que pediu à Moraes para se afastar do cargo, mas ele recusou. Araújo decidiu dissolver o Conselho que investigava o deputado Edmar Moreira, com o fim da comissão os deputados Hugo Leal (PSC-RJ) e Professor Ruy Pauletti (PSDB-RS) perderam seus cargos.
Caso Edmar Moreira
O deputado Edmar Moreira (MG), na época pelo DEM, é investigado pelo Conselho de Ética por usar de forma irregular a verba indenizatória.
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O deputado apresentou notas de uma empresa de segurança, cujo é proprietário, para receber recursos referentes à verba no valor de R$ 140 mil. De acordo com a Corregedoria, não foi encontradas provas de que o serviço foi prestado.
O caso ganhou repercussão após a descoberta de um castelo em Minas Gerais de R$ 25 milhões que foi ocultado em sua declaração de bens. O deputado alega que o imóvel está no nome de seus filhos.
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