segunda-feira, 4 de maio de 2009

Gripe suína: R$ 141 milhões serão liberados para prevenção no Brasil

Nesta segunda-feira (4) o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, anunciou que o governo liberou um crédito de R$ 141 milhões para aumentar a prevenção contra a gripe suína, incluindo publicidade e a instalação de salas de situação nos portos brasileiros. O pedido do crédito adicional foi entregue ao Ministério do Planejamento na quinta-feira (29).
Segundo Penna, o Grupo Executivo Interministerial (GEI) – formado por membros da presidência da República, Casa Civil e nove ministérios – confirmou não há circulação do vírus Influenza A (H1N1) no país.
O GEI se reuniu na tarde desta segunda-feira para tomar decisões e preparar o Brasil para líder com uma possível pandemia da gripe suína.
O secretário informou que na próxima quinta-feira membros da Anvisa, Ministério da Saúde, Anac, e do sindicato das companhias aéreas se reunirão para intensificar o controle da entrada de passageiros no país vindos de outros países.

Suspeita de contaminação no Brasil é de 25 pessoas

O Ministério da Saúde divulgou um boletim na tarde desta segunda-feira onde informou que monitora 25 pessoas com suspeita de contaminação pelo vírus da gripe suína em nove estados: São Paulo (10), Minas Gerais (4), Rio de Janeiro (3), Distrito Federal e Tocantins (2), Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Santa Catarina (1).
O ministério informou também que os 60 casos que estavam sendo monitorados, 26 em São Paulo, foram descartados. Nenhum caso suspeito no Brasil foi confirmado.

Número de mortos no México sobe de 22 para 26

O Ministério da Saúde do México informou nesta segunda-feira (4) que o número de mortes causadas pelo vírus Influenza A (H1N1) subiu de 22 para 26 e os casos confirmados da doença chegam a 701.
Segundo o ministro da Saúde do país, José Ágel Córdova, o pico de contaminação pelo vírus da gripe aconteceu entre os dias 23 e 28 de abril. “A evolução da epidemia está agora em sua fase de declínio”, disse o ministro mexicano que acrescentou ser necessária à manutenção das medidas de prevenção.
O prefeito da Cidade do México, Marcelo Ebrard, informou que as atividades na cidade devem começar a voltar ao normal em dois dias. Na quarta-feira (6) restaurantes e estabelecimentos que vendam comida poderão, com restrições, reabrir. Na quinta, museus e bibliotecas. Os estabelecimentos foram fechados para evitar a disseminação do vírus da gripe suína.

No mundo o número de casos confirmados chega a 1.085

A Organização Mundial da Saúde informou nesta segunda-feira que o número de contaminados pela gripe suína chega a 1.085 em 22 países: México (590), Estados Unidos (286), Canadá (101), Espanha (54), Inglaterra (16), Alemanha (8), Nova Zelândia (6), França e Israel (4 casos em cada país), China, El Salvador, Escócia e Itália (2), Áustria, Colômbia, Coreia do Norte, Costa Rica, Dinamarca, Holanda, Irlanda, Portugal, e Suíça (1).
O número de mortos chega a 25 no México e uma nos Estados Unidos.
O porta-voz da OMS, Gregory Hartl, disse no domingo que não é fácil prever se o nível de alerta de uma pandemia passará de cinco para seis, o maior da escala. De acordo com Hartl, não foi observado o contágio entre humanos fora do México e dos Estados Unidos e por enquanto o nível de alerta continua o mesmo. Caso a pandemia fosse declarada, os países teriam que aumentar a atividade clínica, vigilância, controle e medidas de informação, enquanto a OMS enviaria aos países mais infectados maiores reservas de Tamiflu, o antiviral que é usado para tratar as pessoas contaminadas pela gripe suína.
Em entrevista coletiva, o especialista em Segurança Alimentar da Organização Mundial da Saúde, Peter Ben Embarek, disse: “Não se contrai o vírus comendo porco. Não se deve ter medo, pois não há nenhum risco. Aqueles com mais alto risco são os que estão em contato próximo com os animais ou seus fluidos corporais... Por esta razão, é preciso observar a situação dos animais e garantir que a doença não entra nem sai de uma fazenda”.

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