Foto: Arquivo
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo do Senado, disse nesta quarta-feira (20) que há um espaço para o governo e oposição na composição dos cargos de comando na CPI da Petrobras.
“O início da relação começou tumultuada, com o açodamento para a leitura em plenário, mas o senador Arthur Virgílio (líder do PSDB no Senado) fez ontem no plenário uma mea culpa, fez um discurso registrando que as coisas não precisavam ser dentro do tom que foram iniciadas. A base aliada ainda vai discutir isso ainda, mas regimentalmente, temos o direito de indicar o presidente e o relator, mas tudo isso vai depender da linha que se queira dar à CPI. As coisas estão evoluindo”.
O senador ACM Júnior (DEM-BA) foi anunciado pela oposição como um possível nome para a presidência da CPI.
“O senador ACM Júnior é um grande senador. Ele faz parte da oposição, mas é um senador responsável. Ainda não estamos analisando nomes, mas a forma como a base do governo vai atuar. Se for fazer entendimento nos vamos discutir com a oposição de novo, agora se for manter a maioria e exercer a plenitude dos cargos é claro que não sobrará espaço para entendimento. Me coloquei à disposição [para participar da investigação]. Quero colaborar e defender a Petrobras como senador e cabe ao senador Renan Calheiros (líder do PMDB), que é o técnico do time, decidir”, disse Romero Jucá.
Segundo o senador, o PT e PMDB devem decidir até amanhã suas indicações, mas a cessão de um dos cargos de comando para a oposição deverá ser decidida na próxima semana.
CPI da Petrobras
Na semana passada a Mesa Diretora do Senado protocolou o pedido da criação de uma comissão para investigar fraudes em licitações, denúncias de desvio de royalties de petróleo, irregularidades em contratos para a criação de plataformas e da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, além da suposta utilização de artifícios para reduzir o pagamento de tributos pela Petrobras.
Gabrielli defendeu a mudança do regime tributário feita pela empresa no início deste ano, alegando ter créditos de 2008. A estatal deixou de recolher R$ 3,9 bilhões de tributos em 2009, sendo R$ 1,8 bilhão devido às mudanças cambiais. “Aplicamos isto na PIS/Cofins e na Cide pagando os tributos usando caixa e estes créditos, fazendo como manda a medida provisória”, disse Garbielli.
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