Nesta quinta-feira (7) a CPI dos Grampos aprovou, em seu relatório final, o pedido de indiciamento do banqueiro Daniel Dantas por escuta telefônica ilegal, conforme o relatório da deputada Iriny Lopes (PT-ES), nova relatora da CPI. Os pedidos de indiciamento do ex-diretor da Abin, Paulo Lacerda, e do delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, ficaram de fora do relatório final.
No relatório a deputada afirma que havia um esquema de terceirização de escutas telefônicas realizadas pela empresa Kroll em trabalho realizado para a Brasil Telecom na época em que o banqueiro tinha o controle da empresa de telecomunicação.
O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), pediu em voto separado os indiciamentos do delegado da PF, do ex-diretor-geral da Abin, e do também ex-diretor da agência, José Milton Campanha. Itagiba acusa os três de empregar de forma irregular verba pública e violar o sigilo funcional durante a Operação Satiagraha. Para o deputado, Protógenes e Paulo Lacerda prestaram falso testemunho na CPI.
O pedido de indiciamento do sargento da Aeronáutica, Idalberto Martins de Araújo, foi mantido pela relatora, sob o crime de vazamento de informações. O antigo relator da CPI dos Grampos, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), havia pedido o indiciamento do militar por posse de material sigiloso das Operações Navalha e Furacão.
Em seu relatório a deputada Iriny pediu a análise do Ministério Público dos votos em separado de alguns deputados. Ao pedir o indiciamento a parlamentar acatou os votos de deputados do PSOL, PSDB, PPS e PMDB.
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