O senador Heráclito Fortes pediu investigação dos novos atos secretos
O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), determinou a abertura de uma sindicância para investigar a nova lista que contém 468 novos atos secretos.
O Senado reconhecia a existência de 511 atos secretos. A listagem foi descoberta através de um trabalho coordenado pela primeira-secretaria para levantar todas as decisões não publicadas.
Segundo o diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, os responsáveis devem ser os mesmos dos anteriores
Nesta quinta-feira (13) o diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, disse ao portal G1 que os responsáveis pelos novos secretos devem ser os mesmos dos atos anteriores.
“Os responsáveis certamente são os mesmos. A lista de pessoas apontada pela sindicância sobre os primeiros atos deve se repetir porque eram as mesmas pessoas que estavam no cargo”, afirmou Tajra.
Entre os acusados na investigação, que gerou à crise na Casa, estão os diretores do Senado, Agaciel Maia e Carlos Zoghbi, além de outros cinco servidores.
O advogado de Zoghbi, Getúlio Humberto Barbosa, disse que assim como os outros atos seu cliente não tem responsabilidade e que após o processo administrativo os fatos serão esclarecidos.
Tajra disse que não há garantias de que todos os 468 atos sejam secretos, já que são relativos de 1998 e 1999 e na época podem ter sidos publicados no boletim impresso e não na intranet como os de hoje. O diretor informou que cada ato será analisado individualmente e caso seja comprovado fraude em nomeações, a Casa pedirá o ressarcimento dos valores pagos aos servidores.
Na quarta-feira (12) o “Jornal da Globo” teve acesso, com exclusividade, à lista com a existência 468 atos secretos no Senado. A lista mostra a documentação para nomeações e dispensas de funcionários dos gabinetes, processamento de dados e gráfica da Casa. Outros atos tratam da criação de cargos de confiança para diretorias, folha de pagamento e da estrutura de cargos e funcionários nas áreas de telefonia, comunicação, segurança, serviço médico e biblioteca. Os atos secretos listados foram emitidos há dez anos.
À época o primeiro secretário e responsável pela administração do Senado era o então senador Ronaldo Cunha Lima, da Paraíba, que nomeou o filho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário