quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Ida de Lina Vieira, da Receita, ao Senado é aprovada
Nesta quarta-feira (12) a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o requerimento para que a ex-secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, compareça na comissão para prestar esclarecimentos. O presidente da Comissão, senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pautou o requerimento de convite. O depoimento de Lina está prevista para a terça-feira (18). Ela não é obrigada a comparecer.
Durante a sessão desta quarta-feira o único governista presente foi o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) que tentou adiar a votação, manobra já anunciada pela oposição que aprovou a convocação da ex-secretaria da Receita.
O senador Aloízio Mercadante (PT-SP), líder do partido, ligou para o presidente da CCJ pedindo o adiamento da votação, mas a oposição rejeitou a proposta.
A audiência com Lina Vieira será pautado sobre o que ela disse do encontro com a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil.
Em entrevistas a ex-secretaria da Receita Feral disse que teve um encontro com a ministra que pediu para que ela agilizasse as investigações contra o filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Fernando Sarney, indiciado na Operação Boi-Barrica.
Lina disse: “Falamos sobre amenidades e, então, ela me perguntou se eu podia agilizar a fiscalização do filho do Sarney... Fui embora e não dei retorno. Acho que eles não queriam problema com o Sarney”. Segundo o jornal “Folha de SP”, Lina entendeu que o pedido era uma forma para encerrar a investigação. Dilma nega a existência do encontro com Lina e que tenha pedido algo em relação a Sarney.
O autor do requerimento, ACM Júnior (DEM-BA), disse que o tema deve ser debatido pelo Senado já que poderia mostrar a indevida interferência da ministra da Casa Civil.
CPI da Petrobras
A oposição quer a convocação de Lina para a CPI da Petrobras, já que a sua demissão do cargo de secretária da Receita Federal pode estar relacionada com a contestação do órgão de que uma mudança na tributação da Petrobras, durante o ano, permitiu à empresa o não pagamento de mais de R$ 1 bilhão em tributos.
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