domingo, 22 de fevereiro de 2009

Cores e carros grandiosos marcam o segundo dia de desfiles de São Paulo

Leandro de Itaquera

A agremiação homenageou Regina Case que veio na quinta alegoria. Com 30 alas e 3500 componentes a escola trouxe o lado bom das periferias do Brasil. A segunda comissão de frente representou a luta do povo nordestino contra a seca. O segundo carro mostrou a harmonia existente entre a favela e o centro das cidades. A campanha contra o uso das drogas também foi levada para a avenida. A terceira alegoria trouxe pistas de skate com direito a manobras. O quarto carro representou o funk carioca. A TV pirata também serviu de tema para a escola.

Pérola Negra

A escola da Vila Madalena levou, com seus 3500 integrantes, 30 alas e 5 alegorias, a Índia para o Anhembi. Abrindo os caminhos para a escola passar, a comissão de frente exaltou o deus Ganeshi. Na frente do abre-alas, que representava o templo do deus sol, dançarinas profissionais apresentavam a dança Odissi em homenagem ao Surya.

Mocidade

Falando sobre as coisas do coração a agremiação levou para a avenida 25 alas, 5 alegorias e 3500 integrantes. O deus sol, Hórus, foi cultuado pela comissão de frente. O abre-alas levou para o Anhembi um coração que girava dentro de um sol. A bateria evoluía para um lado e para o outro, de cima para baixo, formando uma flecha e em seguida um coração, causando frisson na arquibancada. O segundo carro mostrou a transição da Idade Média para o Renascimento. Homens faziam acrobacias em rodas aramadas. A campanha contra o tabagismo e os anos dos campeonatos vencidos pela Mocidade foram mostrados na avenida. A terceira alegoria, “Coração, a Máquina da Vida”, trouxe pessoas fazendo acrobacias em uma cama elástica dentro de um globo e outras pessoas escalavam a estrutura deste globo. O quarto carro, inspirado no cenário do “Moulin Rouge”, levou para o Anhembi moças dançando cancan e balões vermelhos eram soltos no ar. A última alegoria, “O Sonho de Ser Campeão”, levou para a avenida a rainha de bateria, Nani Moreira, como destaque especial e que deu a luz há pouco tempo.

Tucuruvi

A escola fez uma homenagem a Ouro Preto e a sua religiosidade com seus 3000 componentes divididos em 22 alas e 5 alegorias. O abre-alas levou para o Anhembi pessoas vestidas de anjos suspensas por cabos de aço e presas no letreiro com o nome da escola, representando a Igreja de Nossa Senhora do Pilar. A comissão de frente representou a Orquestra Angelical e a coroação da Virgem do Pilar seguida por uma procissão. O quarto carro levou a arte barroca e a música sacra para a avenida. A Inconfidência Mineira foi retratada na quinta alegoria que levava uma escultura de Tirantes cercada por anjos representando a liberdade.

Gaviões

Ás 3h17 a escola entrou para levantar a arquibancada. Com 4000 componentes, 22 alas e 5 alegorias a Gaviões da Fiel contou a história da roda e fez uma homenagem à Ayrton Senna. A comissão de frente trazia homens de um grupo circense vestidos de macacos robóticos que faziam acrobacias representando a evolução da roda, tema usado no abre-alas. O abre-alas foi puxado por homens fantasiados de egípcios, mostrando a falta da roda. A inteligência do homem, a invenção do relógio, a aviação civil, o progresso e o automobilismo foram retratados pela agremiação. A terceira alegoria levou um carro que se transformava em robô, inspirado no filme “Transformers”, além de caminhões, avião, trem de ferro e metrô. O quarto carro foi adereçado com 300 rodas de bicicleta, além de trazer triciclos, globo da morte, roda gigante em funcionamento e manobras radicais do street bike. A última alegoria levou uma escultura de Ayrton Senna ao lado de São Jorge. O carro trazia vários pilotos que o homenageavam.

O desfile foi tecnicamente perfeito, mas infelizmente sempre tem alguém para causar tumulto. Um assistente da equipe da TV Globo foi agredido e ferido por pedaços de pau por três pessoas, ainda não se sabe se da torcida ou da comissão de apoio da Gaviões da Fiel. Ainda perguntam porque os corinthianos são taxados de marginais.

Vai-Vai

Com seus 3200 componentes, divididos em 36 alas, 5 alegorias e 120 baianas, a escola falou sobre a importância de cuidar da saúde, da alimentação e do combate às drogas. A comissão de frente mostrou o duelo entre a idade das trevas (doenças) e o renascimento (cura). O abre-alas, três carros acoplados, retratou a peste negra e a varíola levadas da Índia para a Europa, o paraíso indiano e a criação do mundo por Shiva. A hanseníase, o delírio causado pela febre, a febre amarela e a medicina alternativa foram levadas para o Anhembi. O segundo carro mostrou escravos carregando baldes com fezes que eram jogadas nos rios. A ala das crianças representou os ratos que eram vendidos para a realização de experiências. A terceira alegoria fez uma crítica a má alimentação. No quarto carro a escultura de um pulmão que mudava de cor retratou a poluição. A cura pela fé foi mostrada no último carro.

Império

Levando 5000 componentes, divididos em 5 alegorias e 25 alas, a agremiação falou sobre as festas, comemorações e feriados do país. A comissão de frente mostrou 15 guerreiros de luz retratando a importância do Domingo de Ramos. O abre-alas mostrou uma fábrica de chocolate, fazendo uma referência à Páscoa. Os ritimistas da bateria de Casa Verde vieram representando os romeiros de Nossa Senhora Aparecida, para quem a escola pediu proteção.

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