Os fios elétricos estendidos por onde o frio reina
Ao norte de toda música.
O sol branco treina correndo solitário para
a montanha azul da morte.
Temos que viver com a relva pequena
e o riso dos porões
Agora o sol se deita
Sombras se levantam gigantescas.
Logo, logo tudo é sombra.
As orquídeas.
Petroleiros passam deslizando.
É lua cheia.
Fortalezas medievais, cidades desconhecidas, esfinges frias, arenas vazias.
As folhas cochicham: Um javali está tocando órgão.
E os sinos batem. E a noite se desloca de leste para oeste na velocidade da lua.
Duas libélulas agarradas uma na outra passam e se vão
Presença de Deus.
No túnel do canto do pássaro uma porta fechada se abre.
Carvalhos e a lua.
Luz e imagem de estrelas salientes.
O mar gelado.
(Tomas Transtörmer)
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