sábado, 8 de outubro de 2011

Poemas Haikai

Os fios elétricos estendidos por onde o frio reina
Ao norte de toda música.
O sol branco treina correndo solitário para
a montanha azul da morte.

Temos que viver com a relva pequena
e o riso dos porões
Agora o sol se deita
Sombras se levantam gigantescas.

Logo, logo tudo é sombra.
As orquídeas.
Petroleiros passam deslizando.
É lua cheia.

Fortalezas medievais, cidades desconhecidas, esfinges frias, arenas vazias.
As folhas cochicham: Um javali está tocando órgão.
E os sinos batem. E a noite se desloca de leste para oeste na velocidade da lua.
Duas libélulas agarradas uma na outra passam e se vão

Presença de Deus.
No túnel do canto do pássaro uma porta fechada se abre.
Carvalhos e a lua.
Luz e imagem de estrelas salientes.
O mar gelado.

(Tomas Transtörmer)

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