domingo, 27 de maio de 2012

CRÍTICA de CINEMA

Homens de Preto 3


Quinze anos após o primeiro filme, os Homens de Preto estão de volta. Foi uma produção problemática e preocupante, que deixou os fãs de cabelos em pé. Após o diretor Barry Sonnenfeld iniciar as filmagens, o roteirista David Koepp ('Homem-Aranha') foi chamado às pressas para reescrever grandes trechos do roteiro, inicialmente escrito por Jeff Nathanson ('Prenda-me se For Capaz') e Etan Cohen ('Trovão Tropical'). Geralmente, isso significa grandes problemas. Mas a troca de roteiristas não prejudicou o resultado final: com uma história envolvente e extremamente bem pensada, o enredo consegue fechar as pontas soltas deixadas pelos filmes anteriores, encerrando a história de maneira mirabolante e satisfatória. 'Homens de Preto 3' não só é um filme necessário, como também é tão bom quanto o original.
Desta vez, o agente J (Will Smith) terá que viajar no tempo, e voltará para o ano de 1969, onde tentará impedir o motoqueiro Yaz (Jermaine Clement) de destruir o mundo no futuro. No passado, ele contará com a ajuda do jovem K (vivido por Tommy Lee Jones no presente e Josh Brolin no passado). O retorno aos anos 60 é muito bem utilizado para inspirar piadas. Tem o visual bizarro dos aliens da época, os problemas com racismo, o movimento hippie e até o icônico Andy Warhol, que na verdade era um Homem de Preto infiltrado, soltando frases de efeito para enganar seus seguidores e entregando os momentos mais cômicos.
A química entre o trio principal é indiscutível: Will Smith retorna, após quatro anos longe das telonas, e demonstra que continua em sua melhor forma, fazendo rir a todo momento. O carrancudo Tommy Lee Jones segue formidavelmente sem expressões faciais, exatamente como o personagem pede. E Josh Brolin é a grande sensação do elenco: emprestando os trejeitos e voz, ele recria perfeitamente um Tommy Lee Jones jovem. Destaque também para a sempre ótima Emma Thompson, que consegue brilhar em suas poucas cenas.
‘Homens de Preto 3’ não dá somente um salto no tempo, mas também na qualidade, após um morno segundo filme. Comédia, ação e uma pitada de drama se unem a um espetacular 3D, valendo o preço do ingresso mais caro. Diversão para toda a família.

(Renato Marafon)

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