domingo, 1 de novembro de 2009

PONTO de VISTA


Esclarecimento, homenagem, ajuda do “Pânico na TV” ao Zina e prestação de serviço público. Neste domingo (1º) o humorístico mostrou um pouco da “vida” do criador do famoso bordão: “Ronaldo... Brilha muito no Corinthians”. O programa que foi à casa de Zina no dia de seu aniversário o presenteou, prestou homenagens e lhe ofereceu ajuda. A princípio, a causa da prisão, segundo Zina, foi o alto volume do som de um carro e o desacato aos policiais. Depois ele foi se abrindo, confessou estar usando cocaína e admitiu estar viciado na droga. A confirmação: Zina sofre de esquizofrenia, foi o que revelou sua irmã.
O “Pânico” recolheu depoimentos de pessoas que trabalham em sua equipe, profissionais ligados à saúde mental, enfim. Mostrou as dificuldades para se conseguir o tratamento dos dependentes químicos, sua falta de infra-estrutura, falta de investimentos. Coisas que no Brasil é absolutamente normal. A homenagem foi marcada por diversas frases de efeito. Frases não adiantam. Força de vontade, sim. Uma coisa chata, que também é normal no nosso país, é o fato de só tomarem uma atitude, a mínima que seja, quando alguma coisa grave acontece. Infelizmente é assim. O mundo capitalista é assim. Nós assim somos. Acomodados.
Uma só pergunta. Ser morador de favela é sinônimo de ser usuário de drogas? Foi o que Alfinete quis dizer, quando pediu para que os que criticaram Zina conhecessem a Xurupita. O que tem haver? Quantas pessoas moram em comunidades carentes e, dessas, quantos são usuários? Talvez esse “convite”, a forma irônica de como foi feito, tenha sido o único ponto negativo e desnecessário da excelente matéria.

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