quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sarney diz que cassação de Expedito Júnior vai ser cumprida

Nesta quarta-feira (4) o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que a cassação de Expedito Júnior (PSDB-RO) deverá ser cumprida na próxima semana. A determinação partiu do Supremo Tribunal Federal (SFT) que ainda determinou a posse do segundo colocado na eleição, Acir Gurgacz (PDT-RO).
“Acho que na próxima semana é possível que esta decisão seja cumprida. Não tem mais nenhuma avaliação a fazer sobre o caso em si, o que a Mesa tem que definir é só sobre as formalidades. Na hora que voltar da comissão de justiça nós temos que dar posse, como manda o Supremo Tribunal Federal”, disse Sarney.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), Demóstenes Torres (DEM-GO), anunciou que tema será colocado na próxima quarta-feira (11).

Recurso

Na terça-feira (3) a Mesa Diretora do Senado decidiu encaminhar recurso do senador cassado Expedito Júnior (PSDB-RO) à Comissão de Constituição e Justiça contra a posse do segundo colocado nas eleições Acir Gurgacz (PDT-RO), que deveria assumir o cargo já que os suplentes do peemedebista também foram cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho.

Foto: Arquivo

Expedito Júnior (PSDB-RO) é acusado de comprar votos durante as eleições de 2006

Segundo a assessoria da Presidência do Senado, a posse do pedetista estava marcada para ás 17h desta terça-feira e foi suspensa até a análise do recurso.
A favor do recurso, votaram os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PSC-PI), Adelmir Santana(DEM-DF), César Borges (PR-BA) e Cícero Lucena (PSDB-PB). O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), votou contra a análise. Houve ainda a abstenção da petista Serys Slhessarenko (MT). Segundo Sarney, no entendimento dos membros da Mesa Diretora, será necessário analisar primeiro o recurso de Expedito Júnior na CCJ, para que ele possa ter tempo de se defender, e só então dar posse ao segundo colocado.

Acusação

Segundo a acusação, funcionários de uma empresa pertencente ao irmão de Expedito Júnior foram orientados a votarem na coligação do então candidato e a conseguirem votos de familiares e amigos em troca do pagamento de R$ 100. Os valores foram depositados nas contas dos funcionários no dia 29 de setembro de 2006. Dois dias antes das eleições.

Cassação

Em junho passado o Tribunal Superior Eleitoral determinou a cassação do mandato do senador. Na última quinta-feira (29) o Supremo Tribunal Federal determinou o afastamento de Expedito Júnior.
Em nota, o senador, disse que respeitava a decisão do STF, mas afirmou que não havia tido direito a ampla defesa.

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